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Prisões, e sanções agravam quadro na Venenzuela

O governo do dito ditador Nicolás Maduro prendeu sábado, na Venezuela, dois espanhóis e uma norteamericana, aos quais acusou de promover a desestabilização no país. As prisões foram comunicadas pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, que também anunciou a apreensão de 400 fuzis provenientes dos Estados Unidos. Espanha e EUA negaram ter qualquer participação nas ações denunciadas.

Na sexta-feira, o chanceler Yvan Gil advertiu a embaixada espanhola em Caracas de que o governo não aceitará intromissão nos assuntos internos venezuelanos. Os dois paises estão estremecidos desde o dia 7, quando a Espanha concedeu asilo e recebeu em Madri o candidato da oposição. Edmundo González Urrutia, que tinha contra si ordem de prisão por se considerar ganhador da eleição de 28 de agosto e denunciar como fraude a anúncio oficial da reeleição de Maduro.

Também por causa da denunciada fraude eleitoral e do não reconhecimento da reeleição anunciada, os Estados Unidos impuseram na quinta-feira (12), novas sanções ao governo de Maduro. Os alvos são o presidente e 16 altos servidores do Conselho Nacional Eleitoral, Supremo Tribunal de Justiça e da Assembleia Nacional. Desde 2017 esses venezuelanos são impedidos de transacionar no mercado e de viajar aos Estados Unidos. Em nota, o governo do presidente Joe Biden afirma que Maduro desrespeita a vontade do povo manifesta nas urnas e tenta manter-se no poder à força.

É difícil prever o que o futuro reserva ao vizinho país, que insiste na reeleição de Maduro, já prendeu mais de 2 mil opositores e contabiliza duas centenas de feridos e dezenas de mortos em decorrência dos conflitos pós-eleitorais. Agora são três estrangeiros os novos detidos e isso poderá precipitar os acontecimentos, e até a invasão do país.

Opositores ao regime realizaram manifestação onde pedem ao presidente Lula realizar gestões para a libertação dos presos políticos. Analistas, no entanto, acham difícil essa mediação, pois Nicolás Maduro e seus seguidores já rejeitaram a proposta de Lula e dos resto do mundo para apresentar a contagem dos votos obtidos. Em vez de promover a transparência da eleição, esconderam o material e querem impor a vitória sem comprovantes. Assim, parece inviável a obtenção de solução negociada para o conflito.

De seu exíio na capital espanhola, Gonález Urrutia continuará reivindicando a posse frente ao governo. Os Estados Unidos, União Européia e países lartinoamericanos que não reconhecem o resultado eleitoral anunciado continuarão pressionando. Os presidentes Luia (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Lopez Obrador (México), que também não reconhecem o resultado eleitoral mas se mantém neutros quanto a sanções à Venezuela, poderão nos próximos dias assumir uma posição.

O Brasil já reforçou suas posições militares em Roraima, onde nosso país faz fronteira com a Venezuela. Além de proteger o território nacional, o governo está preparado para atendimento humanitário a possíveis refugiados venezuelano, em sequencia ao trabalho que vem executando há anos e já acolheu 500 mil cidadãos daquele país. Oremos para que a solução do conflito seja encontrada e seja a melhor para aquele povo irmão…

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

É dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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