(Fl 2,11).
O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor inicia a Semana Santa. Celebramos o mistério do amor de Deus por nós, revelado e vivido na pessoa de Jesus Cristo, o servo que se humilhou, despojando-se de tudo, até da própria vida por nossa causa (Is 50,4-7; Fl 2,6-11). Ele é o nosso Senhor e Salvador, o único que dá sentido à nossa existência. Quando o acolhemos, recebemos a vida e a salvação.
No drama das fragilidades e pecados, das possibilidades de não correspondermos ao amor do Pai, peçamos que o Espírito Santo nos mantenha fiéis àquele que morreu por nós, a exemplo dos peregrinos em Betfagé e Betânia, que estenderam seus mantos e ramos pelo caminho e o aclamaram como rei vitorioso: “Bendito o que vem em nome do Senhor!”; de Simão, o leproso, que o acolheu em sua casa; da mulher que ungiu a sua cabeça com perfume de nardo puro; de um anônimo que ofereceu a sua casa para a celebração da Páscoa; de Simão de Cirene que se colocou ao seu lado, carregando com ele o peso da cruz; do oficial romano que o reconheceu como o Filho de Deus; das mulheres que ficaram firmes e solidárias até à cruz; de José de Arimatéia, membro do conselho, que enterrou o seu corpo (Mc 11,1-10; 14,1-15,47).
Não vamos abandonar Jesus na sua solidão e sofrimento. A nossa participação na sua paixão faz crescer em nós o santo temor de Deus. Enquanto houver pecado, a sua dor continua, enquanto participamos do pecado, necessitamos de redenção.
Na Semana Santa experimentamos uma configuração afetiva e espiritual com Cristo, na sua entrada em Jerusalém, na sua paixão , morte e ressurreição. Assim não haverá mais condenação, pois estaremos unidos a ele (Rm 8,1), e a cruz será sinal de glória (Gl 6,14). Seremos sinais de esperança e canais do amor de Deus. Podemos até padecer com Jesus, mas com ele seremos glorificados.
Boa Semana Santa a todos.
