(Sl 102,1).
Caminhamos em nosso retiro quaresmal, seduzidos pelo amor infinito de nosso Pai, concretizado na paixão, morte e ressurreição de Jesus. Somos chamados à conversão, ao arrependimento sincero e urgente do pecado, à mudança da mente e do coração e à prática das boas obras. Com a graça divina e o nosso esforço, seguimos a Cristo no caminho da santidade. A Palavra ilumina os nossos passos.
A partir de dois fatos trágicos (cf. Lc 13,1-9), Jesus chamou a atenção de que todos são pecadores e culpados, quem morreu nas tragédias e quem não morreu, e precisam de conversão. Contando a parábola da figueira estéril, ele revela que confia em nós, é solidário às nossas necessidades, tem paciência para conosco, mas precisamos dar sinais de mudanças e produzir frutos de justiça, de amor e paz.
O Senhor, Deus de nossos pais, Deus de Abraão, Isaac e Jacó vê a nossa aflição, ouve o nosso clamor, conhece os nossos sofrimentos e desce para nos libertar. Como Moisés, diante da sua majestade, grandeza e santidade (cf. Ex 3,1-8a.13-15), aproximamo-nos com a nossa confiança, respeito, humildade, reverência e pobreza. Tiramos as sandálias de nossas afeições e paixões desordenadas que atrapalham uma verdadeira conversão e deixamos que o Espírito nos conduza com a sua unção e sua luz.
O Altíssimo nos livre da presunção de acharmos que os bens espirituais que recebemos já bastam para nos salvar, pois podemos cair como nossos pais no deserto. “Quem julga estar de pé tome cuidado para não cair” (1 Cor 10,12), para isso é preciso humildade e confiança em Deus. A sua graça em nós é como a energia elétrica, que quando chega à lâmpada, provoca a luz, iluminando o ambiente. Quando acolhemos a graça do Senhor, recebemos uma força capaz de nos ajudar a fazer o bem, a produzir frutos e iluminar a vida dos irmãos e irmãs.
Minhas orações a todos.
Dom Paulo.
