Câmara aprova contratação emergencial de 82 profissionais da saúde
A Câmara confirmou nessa quinta-feira, 20, em segunda votação, a contratação de 82 profissionais de saúde que deverão atuar na linha de frente do combate ao coronavírus em Franca. De autoria do prefeito Alexandre Ferreira (MDB), o projeto autoriza a Prefeitura a contratar temporariamente 70 técnicos em enfermagem e 12 enfermeiros pelo prazo de até 31 de dezembro deste ano.
A falta de profissionais de saúde atuando na rede municipal é uma realidade que se arrasta há anos, mas que se agravou consideravelmente durante a pandemia do coronavírus. Com a contratação destes profissionais, a administração municipal espera desafogar um pouco o trabalho dos servidores que têm se desdobrado para atender todos os pacientes durante a pandemia. A contratação emergencial e temporária dos servidores foi aprovada por unanimidade pelos vereadores, tanto na primeira votação, realizada na última terça-feira, 18, quanto na segunda votação, realizada ontem.
De acordo com o projeto, a necessidade dessas admissões temporárias são o risco iminente de desassistência ocasionado pela sobrecarga da demanda de trabalho durante a pandemia; e a elevação da transmissibilidade e a letalidade do coronavírus.
O prazo das contratações poderá ser prorrogado caso a situação de calamidade pública ultrapasse a data de 31 de dezembro. “Não é só isso (as contratações]) que vai resolver a questão. O Pronto-socorro Municipal “Dr. Álvaro Azzuz” se tornou um epicentro de covid, com oito servidores afastados e outros dois intubados. Teve funcionário da limpeza que morreu por não estar com o EPI (Equipamento de Proteção Individual) adequado. Então, a administração precisa cuidar também da segurança desses profissionais”, comentou o vereador Gilson Pelizaro (PT), antes da segunda votação do projeto. “A Prefeitura precisa contratar ajudantes gerais urgentemente. Se a linha de frente da covid-19 adoecer, o povo vai morrer”, completou a parlamentar Lurdinha Granzotte (PSL).
A reunião foi realizada virtualmente com o objetivo de conter aglomeração e, consequentemente, o risco de propagação da covid-19.