Em Busca do Tempo Presente

Uma música inspirada nos livros do escritor francês Marcel Proust, em especial o livro “Busca do Tempo Perdido”, nos leva a refletir que não temos tempo a perder com aquilo que já passou. As contradições da vida, e as oportunidades que não percebemos é na verdade circunstâncias que não voltam mais, exigindo de nós superação. Nossas ações que são para mudar as realidades em que estamos inseridos, tornam-se sagradas – suor sagrado. E isso é mais belo do que o amargor daqueles que não estão “presentes” naquilo que fazem, apenas seguindo regramentos e imposições sem entender o próprio papel no mundo.
A selvageria na conduta – tanto na ação quanto na omissão – representa a liquidez e a superficialidade do cotidiano contemporâneo. Quando o intérprete verbaliza o “sol da manhã tão cinza”, observa-se que é um olhar que temos do mundo. Aquilo é da “cor” do que temos nos olhos, no sentido de ser aquilo que vemos do mundo. Lembrando que o mundo é aquilo que vemos e vivenciamos – experimentamos.
Nesse aspecto, é preciso sair desse fluxo e olhar para si e, posteriormente para o todo. Entender que não precisamos seguir um código global, neste frenético cotidiano de se enquadrar, adquirir coisas para fazer parte do mundo. Ser influente não é necessariamente ser seguido por milhares de pessoas, como é colocado atualmente pelo “mercado”. Precisamos ser reconhecidos primeiro por nós mesmo, e depois por aqueles de onde vivemos.
Deste modo, a juventude pode ser a saída para romper com qualquer imposição colocada anteriormente. É através destes anseios, sonhos, vontade de mudanças e busca por uma identidade própria que, são a força motriz para construções de novas ideias. Modificação do ambiente onde estamos inseridos, desde a sociedade local, regional, estadual, nacional e latino americana. Estou falando da consciência da corporeidade. Então, “abrace forte”, pois “somos tão jovens” – e ainda podemos mudar o mundo para melhor.
Dione Castro
16.10.2025








