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Você conhece as origens do Dia Internacional da Mulher?

O Dia Internacional da Mulher é um dia marcado por resistência até os dias atuais, afinal a violência contra as mulheres é um problema social mundial, e precisamos pontuar que vivemos em um país com estatísticas alarmantes em relação à violência doméstica e familiar, ainda nos deparamos com menores salários se compararmos com o dos homens e até este momento somos minoria na participação da política.

Avançamos sim, e muito! E esse é um dia para comemorarmos as conquistas, mas também entendermos o quanto ainda precisamos avançar.

A versão que encontramos facilmente sobre a origem dessa data é de que mulheres foram queimadas em uma fábrica protestando por direitos trabalhistas há muitos anos, mas peço licença para apresentar uma versão baseada em estudos sociológicos e desconstruir um pouco essa versão.

De fato ocorreu um incêndio, especificamente no dia 25 de março de 1911, em uma fábrica de Nova York. Lá estavam homens e mulheres, mas a grande maioria eram trabalhadoras entre 16 e 23 anos (judias e italianas). Na época, quando os direitos trabalhistas eram inexistentes, era comum que os patrões trancassem o local para evitar a saída dos trabalhadores. Sendo assim, os trabalhadores que lá estavam morreram por uma conduta culposa (sem intenção de matar) dos seus empregadores.


Ocorre que um ano antes, em 1910 (alguns anos antes da Revolução Russa, que ocorreu em 1917 e que impactou e ainda impacta o mundo inteiro), aconteceu a 2° Conferência Socialista na Dinamarca, em que a militante e jornalista alemã Clara Zetkin solicitou um dia internacional para homenagear a luta e conquista dos direitos das mulheres, o que não foi implantado naquele momento, sendo estabelecida uma data apenas em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Posso afirmar que desde o início da humanidade a noção de injustiça existe, e a história nos confirma que os direitos adquiridos na atualidade, e aqui ressalto os direitos das mulheres, possuem uma trajetória de muita união e coragem.

Nesse percurso o passado se faz presente com mulheres fazendo história e ocupando seus “lugares”, marcando transformações!

Que esse dia seja um respiro, para continuarmos em frente, unidas!

Ana Beatriz Junqueira Munhoz

É advogada especialista em direito previdenciário, pós-graduanda em direito do trabalho, diretora adjunta e coordenadora da comissão de combate à violência contra a mulher da OAB Franca, conselheira e secretária no Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. Ativista social desde 2015 e escritora de seus sentires na página do instagram @coisasquetodocidadaodevesaber.

2 Comentários

  1. Muito bom! 8 de março um dia para marcar uma luta e também lembrar que precisamos de avançar ainda mais.
    Adorei a matéria

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