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À espera do asfalto, Rionegro e Solimões vira rio de lama e castiga moradores

A Estrada Rio Negro e Solimões, também chamada de Estrada Velha de Batatais, que liga Franca a Batatais, voltou a ser alvo de reclamação dos moradores das proximidades. À espera do asfalto há anos, em dias de chuva a via se transforma num rio de lama e dificulta a vida de quem precisa passar por ali.

Na última semana, a estrada ficou interditada por horas. Primeiro porque não tinha condições de tráfego – era pura lama e os carros estavam atolando. Depois, recebeu alguns caminhões que jogaram pedras para atenuar o problema, mas tudo continuou parado por um bom tempo, até os caminhões terminarem o serviço, o que atrasou dezenas de pessoas para seus compromissos de trabalho, escola e consultas médicas.

“Em dias de chuva é um verdadeiro sacrifício morar aqui. Quando chove à noite, a gente já acorda pela manhã pensando se vai conseguir sair daqui ou não”, disse uma moradora do Villagio San Rafaello e que tem na estrada a via de acesso a Franca.

“Temos terreno e estamos começando a construção no Villagio San Rafaello, mas tem dias que fica intransitável. Os carros atolam e não tem como passar. É impossível dar andamento na obra”, disse uma das entrevistadas.

“Eu moro no San Rafaello e preciso passar todos os dias pela estrada, para trabalhar e para levar os filhos pra escola. Mas em períodos de chuva a gente nunca sabe como vai ser. Semana passada meu filho não foi pra escola e eu cheguei bem atrasado no serviço”, disse um morador do bairro.

“O bairro fica ilhado! É um absurdo essa situação. Pagamos impostos e temos direito às benfeitorias prometidas”, disse outro morador do local. Além disso, a estrada é considerada, também, um importante corredor de escoamento de produção rural, que fica prejudicado.

A situação crítica da Rodovia Rionegro e Solimões foi alvo de reclamação até mesmo do cantor Rionegro (da dupla com Solimões). Nas redes sociais, o artista pediu providências às autoridades para resolver esse problema que se arrasta há anos.

No final do ano passado, os moradores voltaram a ter esperanças de que o problema seria resolvido. O então governador Rodrigo Garcia prometeu que a via seria pavimentada. A expectativa era a de que até fevereiro as obras já tivessem sido iniciadas, mas até o momento, o projeto não saiu do papel.

A Novela da Rionegro e Solimões

 Há anos os moradores esperam pela pavimentação da Rionegro e Solimões. Em abril do ano passado, o então governador Rodrigo Garcia, anunciou a obra, com previsão de investimento de R$ 54 milhões.

Três meses depois, em julho, o setor de licitações do Governo do Estado de São Paulo, dando andamento ao processo licitatório para a pavimentação, a abriu os envelopes com as propostas de empresas interessadas em realizar a obra.

A vencedora do certame foi a empresa Val Rocha, com proposta de R$ 42 milhões; R$ 12 milhões a menos do que a previsão de investimento.

Com mais esta etapa burocrática ultrapassada, restava apenas aguardar a assinatura do contrato para que a pavimentação fosse iniciada.

No comecinho de janeiro, o governo do Estado publicou no Diário Oficial a contratação da empresa Val Rocha para realizar a pavimentação rodovia. De acordo com a informação do governo à época, a partir da publicação no Diário Oficial, a Val Rocha teria 30 dias para apresentar a documentação legal e em seguida dar início ao asfaltamento da rodovia.

+Leia mais: Governo oficializa Val Rocha para asfaltar Rionegro e Solimões

2 Comentários

  1. Complementando a matéria: desde a semana passada a via continua interditada e a situação só se agravou. Pela gravidade da situação, estimam que a liberação não ocorrerá em menos de trinta dias. O cenário se agrava pois os caminhos alternativos, além de aumentarem em torno de 45 minutos o tempo de deslocamento, frequentemente encontram-se também interditados, seja pelos alagamentos ou por quedas de árvores. Ou seja, o bairro tem ficado completamente isolado, sem acesso algum. Cabe ao poder público, através do DER, viabilizar desvios menos onerosos de modo que a população desse bairro, além dos trabalhadores que transitam diariamente pela via não sejam ainda mais penalizados.
    Opotuno dizer ainda que a situação da rodovia se agravou não apenas pelas chuvas recentes, mas por conta do abandono do Estado, que deixou de realizar a manutenção no local.

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