‘Enxergo trabalho com outros olhos’, diz Christiane Torloni sobre rever ‘Ti Ti Ti’
A atriz Christiane Torloni, 64, está feliz da vida com a possibilidade de se ver três vezes na TV. Isso vai acontecer a partir do próximo dia 29 com o retorno de “Ti Ti Ti” ao “Vale a Pena Ver de Novo” (Globo). Dessa forma, além da sofisticada Rebeca na trama que foi ao ar originalmente em 2010, Torloni voltará a acompanhar suas atuações como Dinah e Helena, que respectivamente estão no ar pelo Viva em “A Viagem” (1994) e “Mulheres Apaixonadas” (2003).
“É muito interessante essa experiência porque quando você faz o trabalho tem um crivo ao ver os capítulos, a necessidade de ajustar. A gente sempre pode melhorar. Quando temos a oportunidade de ver uma reprise você enxerga o trabalho com outros olhos”, avalia. “Principalmente os mais antigos. ‘A Viagem’ tem quase 30 anos, ‘Mulheres Apaixonadas’, quase 20, e agora ‘Ti Ti Ti’ foi exibida há 10 anos. Vou ter uma linha do tempo da construção do meu trabalho de atriz”, complementa a artista com mais de 45 anos de carreira.
Na história mais recente e que voltará ao ar no próximo dia 29, Torloni interpretou Rebeca. Logo no começo da trama ela fica viúva de Orlando (Paulo Goulart), com quem teve dois filhos: Jorgito (Rafael Cardoso) e Camila (Maria Helena Chira). A dondoca nunca precisou trabalhar, mas quando o marido morre decide arregaçar as mangas e assumir o comando da confecção que garante a renda da família, mesmo sem ter o menor conhecimento de contabilidade, administração e planejamento.
Rebeca conta com a ajuda Gino (Marco Ricca), funcionário da fábrica que se apaixona perdidamente por ela. “Marco Ricca é um grande ator, um companheiro delicioso de cena que tem a maior paciência no set de gravação. Foi um encontro muito gostoso que até hoje eu espero que se repita.”
A composição da personagem não foi tão difícil já que a atriz teve outras personagens que passaram pelo universo da moda, como a Laila, em “Um Anjo Caiu do Céu” (2001). “Sou uma pessoa bastante antenada com esse tema. Então vamos sempre trazendo as experiências na bagagem. E a equipe da novela apresentou muitas referências. Quando o papel chega para você já foi feito um trabalho enorme de pesquisa”, relembra.
Outro fator que Torloni lembra com carinho foi a parceria com o diretor Jorge Fernando, que morreu em 2019, aos 64 anos, após uma parada cardíaca. “Foi o último trabalho que fiz com ele, por isso foi carregado de emoção. O Jorginho era um príncipe, um querido, além de um artista completo. Um excelente diretor que imprimia um ritmo de prazer, de humor e de rigor. Uma combinação adorável”, diz.