Variedades

Coreto da Estação vira palco do show especial com o músico Erlindo Morato nesta sexta, 30

Evento gratuito, a partir das 19h, vai exibir o documentário autobiográfico do artista, que comemora mais de 50 anos de carreira; repertório do show tem bossa nova, jazz e outras influências

Nesta sexta-feira (30/08), a partir das 19h, o Coreto da Estação, na Praça Sabino Loureiro, em Franca, será palco de um show especial e acessível, com intérprete de Libras. O músico e compositor francano Erlindo Morato apresenta “Vita Brevis – História de um show, em um tempo, de um lugar”, com um repertório autoral embalado com influências da música regional mineira, rock progressivo, bossa nova e jazz. Antes da performance musical, o público poderá assistir ao documentário (com recursos de acessibilidade) baseado na trajetória de vida do artista e suas experiências musicais. A classificação é livre e a entrada é gratuita.

Erlindo Morato é um artista versátil, atuando como músico, professor, desenhista e arquiteto, com uma carreira que se estende por mais de cinco décadas. No show, o público verá seu talento nato na voz, sopros, composições e arranjos. A apresentação terá participação de músicos convidados: Fernando de Paula e Paula Montagner (cantores), Marcos Prado (voz, violão e arranjos) e Pedro Marcussi (teclados). 

O repertório autoral traz as canções do CD “Vita Brevis”, lançado em 2022, com um show na Escola Pestalozzi, local onde Erlindo começou seus primeiros contatos com o universo musical e parcerias, ainda criança: Vita Brevis”, “Karma”, “Dharma”, “Clarear”, “Bonde da História”, “Flocus”, “Pós”, “Coisas”, “A Paz em Nós”, “Senda”, “Subconsciente”, “Luce” “Sine qua Non”.

O documentário “Vita Brevis – História de um Show, em um Tempo, de um Lugar”, produzido por Aldemir Prado, retrata a trajetória do artista a partir deste evento. A estreia, no último dia 09, no auditório da Casa da Cultura e do Artista Francano “Abdias do Nascimento”, contou com a participação especial do músico francano Marcos Prado, que também atuou na produção musical do disco e na elaboração dos arranjos.

Sua autobiografia explora a conexão da escola com o município e os arredores, revivendo o cotidiano dos anos 1970 e as atividades culturais que marcaram a época, destacando a importância da instituição na vida do músico. 

“A câmera sou eu caminhando pela escola. É um passeio de memórias. Eu tive a ideia de fazer este documentário a partir do disco. ‘Vita Brevis’ quer dizer vida breve e também é uma homenagem ao meu irmão, que se foi aos 23 anos de idade. Apesar dele já exercer a profissão de professor, estava se formando em Direito, mas não deu tempo. Ele me dava aulas de português no Pestalozzi”, relembra Erlindo.

O projeto, com produção executiva de Claryssa Pádua, foi apresentado durante todo o mês, em várias regiões da cidade: na Escola Pestalozzi (unidade 1), no Centro Espírita Nova Era e no Culto Assistencial Espírita Alberto Ferrante, sendo o mesmo formato: após a exibição do documentário, que tem duração de 30 minutos e conta com recursos de acessibilidade, Erlindo Morato participava de um bate-papo com música ao vivo. 

“O documentário é muito simples, sem grandes recursos de filmagens. Eu mostro a escola onde estudei, meu pai fazia parte da diretoria, e foi onde cresci aprendendo a escrever e, principalmente, iniciando nas artes: tanto musical, como artes plásticas. Então cursei Arquitetura e, depois, música mais profundamente, em São Paulo”, destaca o músico. 

Na Escola Municipal de Música da capital, Erlindo estudou Teoria e Prática, onde se especializou em flauta transversal. Como professor ensinou clarinete e saxofone, além de tocar violão, reger orquestras e criar arranjos. Sua carreira musical incluiu tocar em várias orquestras e grupos.

“Lá convivi com maestros como Hareton Salvanini, considerado um gênio musical, o maior maestro de jingles (mais de 5 mil) do Brasil. A música dele reverbera em mim, no que eu faço, principalmente o seu primeiro disco ‘S.P. 73’, que foi gravado com uma orquestra de cordas”, diz Erlindo.

O projeto “Vita Brevis – História de um Show, em um Tempo, de um Lugar” é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, por meio da Prefeitura Municipal e da FEAC (Fundação Esporte, Arte e Cultura de Franca).

SERVIÇO

Show ‘Vita Brevis – História de um show, em um tempo, de um lugar’ – Erlindo Morato  

Data: Sexta-feira (30/08)

Horário: 19h – curta-metragem (com recursos de acessibilidade) e Show ao vivo, com intérprete de Libras

Local: Coreto da Estação – Praça Sabino Loureiro – Franca/SP

Entrada: gratuita

classificação livre

O MÚSICO

Erlindo Morato é um experiente músico, professor, desenhista e arquiteto, cuja trajetória musical ultrapassa cinco décadas. É graduado em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade de Franca (1985), e estudou Música, Teoria e Prática (flauta transversal) na Escola Municipal de Música de São Paulo, entre 1976 e 1980.

Possui ampla experiência na docência, incluindo o ensino de desenho, história da arte e música, tanto em nível acadêmico como não acadêmico. Na Universidade de Franca, lecionou Desenho e História da Arte, nos anos 1990. Ainda nesse período, lecionou cursos de História em Quadrinhos e Desenho Livre na Oficina Cândido Portinari, nas cidades de Franca e Ribeirão Preto, além de um curso livre de História em Quadrinhos para crianças, na Escola Bauhaus, de Ribeirão Preto. 

Durante os anos 1980 e 1990, participou de vários Salões de Desenho de Humor (charge, caricatura, cartum, quadrinhos), em algumas cidades, entre elas: Volta Redonda, Piracicaba, Ribeirão Preto, em diferentes edições. Durante os anos 1980, 1990 e 2000, trabalhou como arquiteto, com escritório próprio.

Como professor de música, ministrou aulas de teoria e prática musicais no Projeto Guri, nas cidades de Franca e Orlândia, de 2002 a 2011, onde ensinou flauta transversal, clarinete e saxofone, além de reger orquestras e criar arranjos musicais. Em 2014, ministrou aulas de música para a Pastoral do Menor, em Franca. Na Escola Sérgio Lessa, no bairro Aeroporto IV, Franca, ensinou teoria e prática musicais para crianças de 7 anos e jovens até 15 anos, para a formação de uma pequena banda de instrumentos de fanfarra (sopros e percussão).

Morato participou de diversos cursos de extensão nas áreas de música, desenho e arquitetura ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990. Sua carreira musical incluiu tocar saxofone, flauta transversal e flauta em várias orquestras e grupos. Em 1976, trabalhou como flautista no Estúdio Prova, localizado em São Paulo, sob a direção do maestro Hareton Salvanini. Paralelamente, fez parte da Orquestra Jovem Municipal de São Paulo, regida por Samuel Kern. Durante o mesmo ano, participou da Orquestra de Câmara de Franca, conduzida pelo maestro Garboggini, onde executou peças clássicas de compositores renomados, como Mozart e Bach. Também integrou o coral mantido pelo mesmo maestro durante esse período.

Nos anos 1990, Erlindo se destacou como saxofonista em uma “Big Band” em Ribeirão Preto, sob a regência do músico e arranjador Roberto Sion, realizando recitais com um repertório vibrante de músicas de jazz e bossa-nova. Além disso, em Ribeirão Preto, fez parte de um quarteto de saxofones que se apresentou em vernissages e bares da região central da cidade.

Erlindo participou de inúmeros Festivais de Música em várias cidades, incluindo Franca, Passos, Ituverava, Uberlândia e Angra dos Reis, não apenas como músico, mas também como compositor e cantor, enriquecendo o cenário musical regional. Integrou a Orquestra Laércio de Franca, como saxofonista e flautista, contribuindo para apresentações musicais e bailes ao longo dos anos 2006 a 2014.

Sua paixão pela música o levou a fazer parte de bandas como NEON e Fogo Fátuo em Franca, com atuações em bailes e shows nos anos 1977 a 1984. Além disso, Erlindo participou de diversas formações musicais, tocando em barzinhos e festas ao longo das décadas de 1970 até os dias atuais. 

Durante sua trajetória no Grupão, um conjunto vocal de Franca, participou de vários festivais na região entre 1971 e 1997. Com o grupo, gravou dois álbuns, um “compacto” em 1974 e outro “LP” em 1975, sob a produção de Walter Silva “Pica-pau”.

Erlindo continua a exercer suas paixões artísticas, seja como músico ou desenhista ilustrador, demonstrando sua dedicação à arte ao longo de sua vida. Em 2018, gravou seu primeiro CD, “A Vida é um Sopro”, apresentando músicas próprias e conhecidas, brasileiras e standards de jazz, acompanhado por um talentoso guitarrista, Tikim. Em 2022, lançou seu segundo CD, “Vita Brevis”, com composições autorais, onde também atuou como coprodutor, músico e vocalista, além de cuidar de todo o trabalho gráfico associado ao projeto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo