“As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!”
Celebramos a solenidade da Epifania do Senhor, a manifestação do Filho Unigênito do Pai às nações, representadas pelos nagos do Oriente. Concluímos o Tempo do Natal, acolhendo a bondade de nosso Deus que quer salvar e redimir a todos, na pessoa do Menino Jesus, o “sol nascente que veio iluminar os que estão nas trevas e na sombra da morte” (Lc 1,78.79).
“Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor… Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora” (Is 60,1.3).
O Senhor é nossa luz e salvação (cf. Sl 27,1), “nele não há trevas” (1 Jo 1,5). O futuro que Deus oferece é ele mesmo, presente em nosso meio, iluminando a nossa vida (cf. Ap 22,5).
Na Epifania acolhemos Jesus como a luz do mundo que ilumina a vida dos seres humanos. Ele é luz enquanto comunica Deus, o amor, a verdade e a salvação.
No Batismo fomos iluminados e participamos da luz que é Cristo. Somos “filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas” (1Ts 5,5). A nossa missão, através das boas obras, é fazer transparecer a presença luminosa de Cristo, presente em nós. “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Procedei como filhos da luz. E o fruto da luz é toda espécie de bondade e de justiça e de verdade” (Ef 5,8-9).
Acolher Jesus e a nossa missão como luz, é fazer o itinerário dos magos do Oriente (cf. Mt 2,1-12): sendo atraídos e cativados por sua estrela, deixando comodidades e superando distâncias, colocando-nos a caminho, tendo clareza e discernimento do rumo certo, vencendo com fé os obstáculos e dificuldades que se apresentam. Quando encontramos Jesus, reconhecemos nele a Deus, único Senhor, o sentido de nossa existência, oferecemos nossas homenagens, nosso amor e serviço. Quem encontrou Jesus, refaz a sua vida, tem atitudes novas, deixa-se guiar pelo Espírito, torna-se luz e sinal de esperança.
Minhas orações.