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Gaeco prende mais 4 agiotas em operação conjunta com as polícias Militar e Civil de Franca; 3 estão foragidos

Grupo Movimentou mais de R$ 36 milhões em três anos de ação na região

Uma nova operação deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Franca, em conjunto com a Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Civil do Estado, prendeu nesta sexta-feira, 24, integrantes de uma outra organização criminosa que praticava o crime de agiotagem em Franca e Região.

Intitulada de Castelo de Areia, a nova operação cumpriu mandados de busca e apreensão contra sete integrantes da organização. Quatro pessoas foram presas durante a ação das polícias e três estão foragidas. Na quarta-feira, 22, outra operação denominada Maré Alta, havia sido deflagrada contra o crime de agiotagem na região.

De acordo com os promotores do Gaeco que participaram das investigações, Rafael Piola e Adriano Melega, o grupo da Castelo de Areia é mais antigo que o da Operação Maré Alta e não tem ligação um com o outro, apesar de agirem de forma criminosa “emprestando dinheiro a juros exorbitantes com posterior cobrança com emprego violência ou grave ameaça às vítimas”.

“Parte do lucro era reinserido no próprio negócio criminoso, enquanto outra parte era objeto de lavagem de dinheiro, mediante a utilização de empresas de fachada, bem como na aquisição de veículos de luxos e imóveis”, explicou Rafael Piola.

De acordo com a investigação, um ex-policial civil também foi alvo da operação. Segundo Adriano Melega, o policial iniciou sua participação no esquema criminoso enquanto ainda estava na atividade e se exonerou da polícia para “se dedicar ao esquema criminoso”. Além de ser um dos sócios da organização, o ex-policial civil fazia cobrança das dívidas do grupo usando, inclusive, o uniforme da polícia. “Ele (O policial) ameaçava os devedores e chegava a usar o uniforme e arma para intimidar as pessoas”, afirmou Piola.

Durante a operação Castelo de Areia, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Franca e 1 mandado de busca na cidade de Ribeirão Preto, além de 7 mandados de prisão temporária, com duração de 5 dias.

Também foram pedidas a quebra de sigilo bancário dos investigados, que demonstraram movimentações aproximadas de R$ 36 milhões de reais nos últimos 3 anos pelo grupo. Foram apreendidos durante a operação dinheiro em espécie, cadernos e agendas com anotações, celulares, tablets e notebooks, notas promissórias e até mesmo um simulacro de arma de fogo. O Ministério Público também pediu o bloqueio de carros de luxo e bens imóveis dos investigados.

Alessandro Macedo

É jornalista e editor da Folha de Franca

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