Quando observo a sociedade da atualidade logo me vem na mente a famosa frase “Ser ou não ser, eis a questão”, dita na tragédia de Hamlet escrita por William Shakespeare, em razão de uma interpretação própria sobre sua mensagem.
Vivenciamos um momento com muitas informações, significados esvaziados e apropriações sem sentidos e talvez o meu texto seja apenas mais um sem sentido para você leitor, mas para essa que escreve o sentimento é sentido nas vísceras e transformado no que aqui expresso.
O que é ser, sem ter? Com as redes sociais, o marketing e o consumo que alimentam o sistema, enriquecendo uns e empobrecendo outros, todos os sentimentos humanos podem inclusive ser “bens de consumo”, a tristeza, vaidade, felicidade, sonhos são vendidos para o fim de sanar as “mazelas” humanas.
Com os celulares em mãos julgamos a vida alheia em segundos, reproduzindo estereótipos de sucesso, beleza, inteligência, e se algo não estiver no “script” o ser humano real que lá se expressa é digno de cancelamentos, linchamentos e julgamentos superficiais, ninguém está livre disso!
Sabemos como devemos ser, agir, vestir, aprendemos sobre “dever ser” desde que nascemos e muitas vezes não “olhamos em volta” para buscarmos algo além do que nos foi dito, e quando olhamos, em fração de segundo julgamos mais uma vez, e outra, e outra.
Escrevo na humildade do meu ser que é humano, me despindo das expectativas alheias, cuidando das minhas emoções e entendendo que o que vendem na TV e nas redes sociais, por vezes não é real, e que a realidade pode, sim, parecer não tão boa, mas é ela que vale a pena ser vivida.
Cansei do sorriso perfeito sendo vendido com a pasta Colgate!
