Oportunistas
Por Théo Maia
Milhões de desempregados, de desesperados,
Batendo pino por causa de um vírus inusitado.
Famílias presas em casa, criminosos liberados.
Direitos humanos, diz o Ministro togado!
O antídoto da vacina é a negação
Produzida nos laboratórios da situação.
Pai dessas crianças ninguém é não!
Enterros em valas expõem a desolação.
O capitão dá ordens a generais,
Que as seguem como vegetais.
Os civis, população, abaixo dos iguais,
Valem menos que símbolos nacionais.
O sentimento de pertença parece ausente
Compromete o espírito de nação convergente.
No dual conflito ideológico presente
O vê de vida é de voto, ao inclemente!
A ciência, desdobrando-se em concorrência,
Também serve ao mercado da emergência.
Candidatos à imunização, na fila da preferência,
Se sorte têm, ficam devendo à deferência.
Aos esquecidos pelos altos políticos
Que amam os espíritos raquíticos:
O reino de Deus e sua justiça, ansiolíticos,
Na insegurança desses dias críticos!
Théo Maia 20/03/2021