Produtos Sustentáveis: A Nova Cara da Competitividade no Mercado Atual
Em um mercado competitivo, na sua maioria com características “homogenia” nos resultados de seus produtos, é um desafio encontrar atributos que torne a criação singular, única ao consumidor. O desejo subjetivo do consumidor de ter algo raro, no mercado capitalista que incentiva e trabalha para a produção em escala, e que depende de processos repetitivos para aumentar os resultados, é uma barreira para o fornecedor empresarial.
A singularidade na criação foi superada na revolução industrial, ocasião que era possível apenas por oficinas de artesões para citar um exemplo subjetividade na produção. Com a criação de tecnologias para aumentar a produção, acarretou alguns efeitos tais como: uma cadeia técnica de produção; uma necessidade de incentivar o aumento do consumo para suprir a oferta; sobretudo resultado em uma maior exploração ambiental no que se refere a estratificação e o um aumento de volume de descarte que a natureza não consegue eliminar.
Está nítido que o mundo mudou, e que o meio ambiente sofre com as ações humanas. Deste modo, os debates ambientais como os efeitos climáticos, e quais ações precisam ser tomadas para diminuir ou sanar a degradação da natureza tem se tornado recorrente em reuniões estatais. Isto, incentiva grandes corporações a tratar sobre este tema. Tudo que pode ser bom ou resulte em algo voltado para o bem, acredita-se que o ser humano em seu íntimo tende a declinar.
A singularidade que o consumidor busca, pode ser um produto que em seu processo de produção seja menos degradante ao meio ambiente. Do ponto de vista da estratificação ambiental, além do seu descarte de maneira correta. Uma pessoa diante a dois produtos, um que foi criado respeitando políticas de proteção ambiental, outro que não teve este mesmo olhar, acredita-se que não haverá dúvida na escolha observando estes dois fatores. Claro, isso depende também da capacidade do poder de compra do consumidor e seu interesse.
Estamos passando por um momento de transformação no mundo, isso resulta na transformação também de como os negócios estão sendo feitos. Observa-se que todos os debates atuais envolvem a defesa de um mundo mais inclusivo, ético e ambientalmente sustentável. Ainda não vemos de forma ampla a ações, mas tudo começa com olhar crítico para as questões do mundo que estamos inseridos.
A implementação da rotulagem ambiental tem como objetivo a melhoria nos processos industriais que resulte um melhor desempenho ambiental. Busca-se ocupar um espaço no mercado que seja a favor da proteção ambiental. Após vários exemplos internacionais, inicia-se uma expansão de um selo propriamente brasileiro. Resultando na data de 1990 a ampliação da ISO 14.000 a qual é:
“A primeira iniciativa para o estabelecimento de um selo verde brasileiro data de 1990, quando a ABNT propôs ao Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental a implementação de uma ação conjunta. Após a conferência do Rio, A Finep selecionou o Projeto de Certificação Ambiental para produtos ABNT. O objetivo do projeto era o de estabelecer um esquema voluntário de certificação ambiental, a ser iniciado por programa-piloto aplicado a uma categoria de produto pré-selecionada (papel; calçados e couros; eletrodomésticos; cosméticos e artigos de toucador, aerossóis livre de CFC, baterias de automóveis; detergentes biodegradáveis; lâmpadas; moveis de madeira e produtos para embalagem.” (CORRÊA et al. 1998 Apud TACHIZAWA 2002:99).
Um exemplo é o Certificado do Rótulo Ecológico ABNT – Qualidade Ambiental. Este é “o certificado que atesta que um produto está em conformidade com critérios ambientais de excelência estabelecidos para uma determinada categoria de produtos. Portanto, identifica os produtos com menor impacto ambiental em relação a outros produtos comparáveis, disponíveis no mercado”. (disponível em: www. abnt.org.br/certif_body.htm).
Portanto, para uma empresa que busca produzir algo com maior responsabilidade ambiental, e que busca atender um consumidor que está a procura de algo singular – nesta atual conjuntura ainda de pouca adesão entre os fornecedores a produção responsável – pode ser um fator que aumente a comercialização e desponte entre os demais do mesmo setor de atuação.
Deste modo, as principais estratégias que uma empresa pode adotar em seu processo de produção ou comercialização é a observação ao conceito do ESG, que reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança. Trata-se de um conceito que está cada vez mais cobrando em todo tipo de organização, e resulta em algo prático nas operações diárias.