Ontem
Na madrugada, reflito os acontecimentos do dia anterior. As vezes somos tão frágeis que chega ser engraçado, ao ponto que pensamos: Será que a vida é isso mesmo, com estas forças que só faz nos prejudicar? No decorrer das vinte e quatros horas, caímos no sentimento “clássico” do dualismo cotidiano de estar à beira do precipício em vários momentos, enquanto da mesma forma as dezoito horas o sujeito encontra-se dotado de paz.
Diante disso que é resultado do banal, mesmo aqueles que se consideram conscientes de tudo que se passa, encontram dificuldades de controlar o compasso acelerado do coração quando se depara ao desafio. Seja pela juventude, pouca fé ou até mesmo a ausência dos experimentos, isso ocorre pela inútil cobrança interna que é geradora imatura deste efeito dualista.
A nossa vida “moderna” é comparada sempre com uma empresa, ocasião em que não há espaço para o erro. Sempre estamos em busca de um ridículo sucesso, um material, ou de algo colocado pelo mercado como importante – no fim de tudo o sucesso é nominado pelas tendências de mercado, na empresa é o lucro. Não que eu concorde com isso, mas nos corredores de companhias vemos defesas que: é de sucesso se for lucrativa em primeiro plano, e depois vem os demais retalhos dessa colcha.
Parece-nos que as doenças desse século existem em razão deste sistema que nos força a ter sempre o melhor, o mais caro, devendo ser sempre uma novidade. Preestabelecendo “soluções” que quando não alcançadas nos deprimem. Por motivos simples assim, procuramos remédios, como fossem pilares que sustentassem nossa estrutura emocional diante ao corriqueiro dia a dia.
Contudo, parece-me que esquecemos da paixão. Ser apaixonado pela vida, talvez seja a maior das soluções. Porque a paixão, mais do que o amor, é que dá força para nos preparar e vencer os desafios.
Estar vivo por si só já é uma vitória. Os riscos são consequências da sobrevivência. Viver, naturalmente nos proporciona altos e baixos. Faz parte do pacote “não dar certo”.
Toca o despertador, é hora de levantar (risos).