Religião

A difícil arte de desacostumar

Ano novo, vida nova, mas se a gente não for diferente, tudo vai ser igual. (P. C. Baruk)

No último dia do ano 2012, o poeta, cantor e compositor, Paulo César Baruk, compôs uma música em que diz que: Se a gente não ser diferente tudo vai ser igual …

Pois não é verdade?

Final de ano é um momento bom para pararmos, analisarmos o ano que esta findando e fazermos algumas análises sobre o que fizemos e o que deixamos de fazer.

Momento propício para pensar sobre como foi o ano, quais foram os acertos e erros, sobre quais as coisas que realmente não faria de novo e quais as que renderam um bom resultado. Embora pareça papo de intelectual, eu sei. Mas este é um momento importante para se ter um olhar clínico referente aos acertos e os erros praticados, e com base nisso, começar a traçar os objetivos para o ano que se inicia.

Na teoria, parece fácil; a pratica é desafiadora. Você já se perguntou por que repete comportamentos que não lhe fazem bem, como relacionamentos que acabam sempre em frustrações, ou se coloca em situações financeiras desastrosas, sem entender exatamente o motivo desses ciclos repetitivos?

DESACOSTUMAR!

A compositora Deise Jacinto Franks escreveu em poesia que Desacostumar é desatar os nós, desacostumar é ser só eu pra sermos nós”.

Mas, afinal, por que repetimos padrões de comportamento?

Primeiramente, é oportuno rememorar que costume é o modo habitual de agir que se estabelece pela repetição dos mesmos atos ou por tradição. É, assim, um hábito.

Quando queremos mudar um costume, passamos por um processo muito difícil, porque isso nos exige muita disciplina e dedicação. Quantas vezes nos deparamos com alguma situação que nos causa grande sofrimento, inconscientemente reprimimos e recalcamos aquele conteúdo como uma forma de nos defendermos.

Diante de um momento de reflexão, Paulo, o apóstolo dos gentios, desabafa: Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. – Romanos 7:15

Esta é uma crise própria de quem está em um processo de transformação, já que nele há um desejo e uma vontade de realizar o bem e de fazer a vontade de Deus. No entanto, muitas vezes, não faz o bem que quer. Batalha difícil, nos deixa impotentes!

Assim, torna-se notório que temos a necessidade da ajuda de Deus para realizar o bem, dado que nosso homem interior deseja ser santo, mas a carne quer o pecado. Com isso, haverá uma constante luta e uma tensão interior.

LIVRES PELA VERDADE

A partir do momento em que passamos a conhecer e compreender a verdade sobre determinado aspecto de nossa vida, tal conhecimento e compreensão nos liberta, como está escrito: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. – João 8.32.

A verdade nos liberta de uma série de cativeiros mentais, emocionais, espirituais, sociais, profissionais, financeiros e tantos outros.

Peçamos a ajuda de Deus. Confiemo-nos ao Espírito Santo que nos dará forças para permanecermos firmes no processo de desacostumar.

Conhecer a verdade sobre determinado tema nos dá a possibilidade de fazer escolhas, seguir um costume, ou, desacostumar. O conhecimento da verdade, o poder de escolha, ou seja, a própria liberdade, e a passagem para uma vida definitivamente transformada só ocorrem se dedicarmos algum tempo para refletir com base na Palavra Divina sobre qualquer assunto e prática em nós enraizada de que sentimos necessidade de desvencilhar e mudar.

Fica a dica!

Ano Novo, Vida Nova.

Ore, medite na palavra, e deixe que o Senhor Deus te illumine, para que o ano que se avizinha seja diferente com o melhor d’Ele sendo feito em sua vida em todo o bem-vindo 2024!

Pb. Daniel Vitor

É professor; psicopedagogo; escritor; compositor; teólogo; palestrante de temas familiares, cristãos e educacionais e Conselheiro Tutelar em Franca.

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