Junho especial: Câmara entrega título de cidadão francano a 4 grandes personalidades da cidade
O próximo dia 30 de junho será um marco na Câmara Municipal de Franca. Os vereadores farão a entrega de títulos de cidadãos francanos e cidadãs francanas quatro personalidades muito queridas e respeitadas pela comunidade. Os homenageados são Agenor Gado, Elizabete das Graças de Melo Salloum, Paulo Henrique Ferreira e Rosa Aparecida de Pádua Aylon.
Os títulos foram homenagens propostas pelo então vereador Adermis Marini entre 2014 e 2020, e um de autoria coletiva, mas nenhum deles havia sido entregue, ainda. Os vereadores Tidy e Kaká tiveram, então, a iniciativa de fazer a entrega. A cerimônia está marcada para às 19h. “É um fato histórico que quatro pessoas de tamanha relevância para a cidade vão receber o título de cidadãos francanos e cidadãs francanas num único dia”, disse Tidy.
Confira abaixo, um pouco da biografia de cada um dos homenageados e conheça uma parte do belo trabalho que eles vem realizando por Franca ao longo das décadas.
Agenor Gado
Agenor Gado nasceu na cidade de Ipumirim, oeste de Santa Catarina, em 10 de agosto de 1952. O terceiro de oito filhos teve infância simples em região rural. Aos 14 anos, deixou cidade e família e foi estudar em um seminário em Chapecó (SC). Depois disso, só voltaria a sua cidade natal a passeio.
Logo nos primeiros anos de seminário, Agenor percebeu que sua real vocação não seria religiosa e, sim, uma de caráter administrativo empreendedor. Aos 19 anos, saiu para “ganhar o mundo”… e ganhou! Após passagens por diversas cidades brasileiras, somando experiências e sucessos, mudou-se para Franca aos 37 anos de idade, adotando a cidade para morar e como seu polo principal de trabalho.
Agenor Gado é empresário, investidor financeiro e pecuarista. Além de empresário dinâmico, investidor determinado, a gentileza e a serenidade são traços marcantes de sua personalidade.
Há muitos anos ele participa voluntariamente de inúmeras iniciativas junto ao terceiro setor de Franca e região, como na presidência da Apae de Franca e membro de diversas ongs, nas quais atua de forma relevante em prol de importantes causas sociais.
Elizabete das Graças de Melo Salloum
Elizabete das Graças de Melo Salloum nasceu em Sacramento (MG), no dia 10 de julho de 1959, de Adelzidio Barbosa de Melo e Orenis Ranuzzi Stival. Tem sete irmãos, é casada com Antonio Salloum e teve três filhos: Antonio Habib Salloum, Rogério Salloum e Carolina Salloum, já falecida.
Cursou até o ensino médio e realizou cursos de RH e Técnico em Contabilidade, mas mantinha o sonho de cursar Serviço Social, o que foi adiado em razão do nascimento do primeiro filho, Antonio, diagnosticado com paralisia cerebral. Tal episódio foi considerado por Elizabete como “uma luta sem fim pela reabilitação do Habib”.
Com a chegada dos outros dois filhos, Bete, como é conhecida, acreditou que a sua batalha estava terminando – até que levou um novo baque, quando descobriu que sua filha Carolina precisava de um transplante de medula. Ela faleceu em 18 de setembro de 1998.
Um pouco antes deste triste episódio, Bete começou a alimentar o sonho de criar uma ONG (Organização Não Governamental) voltada para o atendimento a portadores de paralisia cerebral. Em 1996, um grupo de mães se reuniu com o objetivo de fundar a organização para um melhor e mais especializado atendimento aos seus filhos, portadores de paralisia cerebral. Então, em 7 de abril de 1997, a Caminhar foi fundada, voltada para receber pacientes com paralisia cerebral em Franca.
Desde a sua fundação, Bete tem sido uma voluntária assídua, persistente e atuante, sempre em busca de melhorias para a Caminhar. Ela foi presidente da ONG por 4 anos, tesoureira por 8 anos, além de já ter exercido as funções de vice-presidente, membro do conselho fiscal e secretária.
Pelas próprias palavras de Bete, trabalhar na Caminhar “é uma luta incessante, árdua, mas pela qual me sinto realizada e feliz em poder ajudar e contribuir um pouco com o ser humano, aprendendo todos os dias com essas pessoas iluminadas.
Mesmo com suas limitações, eles são felizes e nos tornam pessoas melhores e mais humanas a cada dia de convivência”. Já sobre seu próprio filho portador de paralisia, Bete o descreve como “a luz da minha vida, minha inspiração, minha força para que eu nunca desista de lutar pela Caminhar e por todos que ali passarem”. Por fim, Bete explica que todo o seu trabalho na Caminhar é permeado com amor, paixão e, sobretudo, gratidão.
Paulo Henrique Ferreira
Paulo Henrique nasceu na cidade de Altinópolis, oeste do estado de São Paulo, em 10 de abril de 1971. O segundo filho do casal Paulo Ferreira e Sonia Maria Cabral Ferreira teve infância simples, porém com muitos sonhos. Sempre teve como meta a realização de uma formação acadêmica. Em que pese sua deficiência visual, Paulo percebeu que poderia ir além e, aos 22 anos, fundou sua empresa de tecnologia, sendo assim o pioneiro na região.
Após a conclusão e graduação em Processamento de Dados e Tecnologia em Processamento de dados pela Unaerp ( Universidade de Ribeirão Preto), seu tino para os negócios e seu entusiasmo pela tecnologia o levaram a desbravar outros lugares.
Paulo veio para Franca e como empreendedor e determinando não se deixou intimidar pelas dificuldades e fundou a Com4 Data Center, hoje considerado um dos maiores data centers do interior paulista, no qual emprega dezenas de profissionais e tende a mais de 15 mil clientes com soluções em conectividade. Paulo é casado com Regina Ferreira, pai de Beatriz Silva Ferreira e Pedro Henrique Silva Ferreira. Familiares, amigos e parceiros de trabalho o descrevem como um gestor dinâmico, determinado, benemerente e indulgente.
Rosa Aparecida de Pádua Aylon
Rosa Aparecida de Pádua Aylon, ou simplesmente Rosinha Aylon, como é carinhosamente chamada por todos, nasceu em Pratápolis e veio pra Franca aos 8 anos de idade. “Hoje estou com 67 anos, então, faz muito tempo que estou aqui e me sinto francana, também. Tive minha infância, adolescência, estudos (fez Unesp) casamento tudo aqui em Franca”, contou ela.
Rosinha é a sétima filha de oito irmãos e diz com orgulho que seus pais – Elídio Silveira Pádua e Domingas Vasconcelos Pádua, já falecidos – foram os grandes professores dos filhos. “Eles nos ensinaram muito a caridade. Foram nossos grandes exemplos”. Portanto, não é à toa que Rosinha tem a marca do amor ao próximo. Há 45 anos ela atua como voluntária em vários setores.
Sua atuação como diretora do Berçário Dona Nina, há 33 anos, é uma das mais conhecidas, mas Rosinha tem várias outras ações. Ela já atuou como voluntária em asilo e trabalha na Casa da Sopa da Aviação há 45 anos, local em que ajuda na produção e distribuição da sopa, que é feita toda terça-feira.
Casada com Leonel Aylon, Rosinha teve 3 filhos: Leonardo, casado com Anilu e que tem um filho chamado Théo; Ronaldo, casado com Juliana e que tem dois filhos, Igor e Érica; Flávia, que é solteira, advogada e Fernando, já falecido. “Essa é minha vida, minha família”, diz Rosinha.
Rosinha faz questão de dizer, também, que tem muitos outros filhos, aqueles que ela considera do coração. “Eu já atendi a muitas pessoas nessa minha trajetória e tenho muito carinho por eles e sinto que eles têm por mim; onde eles me encontram, demonstram uma consideração especial comigo. Fico muito feliz quando vejo que aqueles que eu atendi, e que muitas vezes não estavam num bom momento, eu consegui traze-los e ajudá-los a se tornarem pessoas de bem. Isso me ajuda muito”.