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Gaeco denuncia Gilson de Souza por favorecimento de empresa de lixo

O ex-prefeito Gilson de Souza (DEM) foi denunciado pelo Ministério Público, através do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), nessa terça-feira, 13. Ele é acusado de corrupção passiva. Segundo o MP, Gilson solicitou vantagem financeira indevida na contratação da Seleta, empresa responsável pela coleta de lixo na cidade.

Em nota, o MP informou que se a denúncia for recebida nos moldes propostos por eles os denunciados “responderão por corrupção passiva, em razão da solicitação de vantagem financeira indevida, bem como por terem atuado para a contratação, pela empresa Seleta Meio Ambiente, de pessoas ligadas ao ex-chefe do Executivo local”. A denúncia envolve também o proprietário da empresa Colifran, por crime de fraude em licitação, praticado para auxiliar a Seleta a vencer licitação municipal em Franca, além do genro de Gilson de Souza, que fez parte do seu governo logo no início do mandato.

A denúncia é resultado da Operação Hamelin, deflagrada em dezembro do ano passado, e tem como alvos também ex-prefeitos de Orlândia e Igarapava e seu irmão. A Operação Hamelin é resultado de um acordo de colaboração premiada firmado em 2017 pelos MPs de São Paulo e de Minas Gerais com alguns investigados de outra operação.

As investigações, de acordo com o MP, revelaram que diversos prefeitos realizaram acordos com a empresa de coleta de lixo em troca da contratação ou renovação do contrato com a empresa que, em contrapartida, pagava valores indevidos aos políticos. Os ajustes eram feitos via campanhas eleitorais ou através de vantagens indevidas quando os mesmos ainda estavam no exercício dos cargos.

Ainda segundo as investigações o mesmo padrão era repetido em várias cidades, onde era realizada contratação emergencial da Seleta por uma ou até duas vezes. Posteriormente a isso, era feito o contrato definitivo de forma direcionada. Os contratos da empresa com os municípios que são investigados somam cerca de R$ 41 milhões anuais.

Os acordos firmados entre o MP e os colaboradores devem restituir R$ 10 milhões aos cofres públicos.
A defesa de Gilson de Souza, através dos advogados Alamiro Velludo Salvador Netto e Guilherme Rodrigues da Silva, informou que ainda não teve acesso aos autos, nem sequer à denuncia noticiada. De todo modo, reitera a total inocência do ex-prefeito, bem como a plena confiança na verdade e no Poder Judiciário.

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