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”Daqui pra frente não dá mais para justificar com erro do outro”, diz Alexandre Ferreira em balanço dos 100 dias de governo

O prefeito Alexandre Ferreira (MDB) apresentou nesta segunda-feira, 12, na página oficial da Prefeitura de Franca no Facebook, um balanço dos primeiros 100 dias de governo. O administrador municipal, que está em seu segundo mandato, começou falando da importância da agilidade no serviço público. “Nós temos que gastar o mínimo de recursos público possível e oferecer a população um serviço de qualidade, em tempo hábil, naquilo que ele precisa, na quantidade que ele precisa e maneira que ele precisa. E, principalmente, em tempo hábil para que ele possa usufruir desse serviço”, disse.

Alexandre Ferreira relatou ainda problemas herdados pelo governo anterior, do ex-prefeito Gilson de Souza (DEM). “Trouxe uma lista de coisas que precisava falar e que não são todas. Mas aquelas mais urgentes e eu digo isso por que amanhã teremos dificuldade em algumas coisas, serviço público é assim… E algumas dificuldades foram sim criadas pelo governo anterior que nos deixou um lego ruim, péssimo, horrível em relação a gestão, administração e finanças “, disse. “Hoje é um divisor de águas… Daqui pra frente não dá mais para justificar erro do outro. Daqui pra frente temos que tocar nossa vida. Daqui pra frente tivemos quatro meses para fazer um diagnóstico, estruturar alguma coisa, tentar fazer alguma coisa no meio da covid e no meio desta confusão. Mas daqui em diante não dá mais para colocar a culpa no Gilson. Daqui para frente a responsabilidade toda é nossa”, completou.

Entre os problemas que foram encontrados na Prefeitura e relatados pelo prefeito estão o pagamento do mês de dezembro dos servidores da Emdef (Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca), que teve que ser feito em janeiro deste ano; falta de medicamentos na rede pública; UBSs (Unidades Básica de Saúde) fechadas e sem atendimento médico e de dentista; viaturas, ambulâncias, carro do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) parados; salão da Secretaria de Saúde com bancos quebrados e forro caindo; entre outros.

Alexandre Ferreira falou sobre o custo para colocar o que precisava em funcionamento. “Na Educação, de 60 escolas, 54 delas estavam impossibilitadas de receber crianças. O banheiro não funcionava, a janela não abria, não tinha água nos bebedouros, ou tiraram as torneiras para usar em outro lugar”, disse.

Os pedidos parados de podas de árvores, a ausência do serviço de captura de animais e os mais de dez mil processos parados no setor de Infraestrutura também foram relatados pelo prefeito, assim como os diversos veículos, equipamentos e máquinas diversas que necessitavam de manutenção ou estavam totalmente estragados.

Outro ponto abordado foi o prédio que abrigava o Centro Pop. Com aluguel de R$ 36 mil o espaço foi fechado e, segundo Alexandre Ferreira, será necessário quase R$ 400 mil para reformar a casa para ser devolvida para o proprietário.

Na Emdef são 50 carros que precisam de manutenção, o que deve custar mais de R$ 220 mil para reformar a frota. O prefeito falou ainda que hoje a dívida da Emdef é de R$ 9,7 milhões e que impostos como Cofins e PIS não são pagos há quatro anos.

A Prefeitura tem hoje mais de R$ 12 milhões em parcelas atrasadas de convênios que, segundo o prefeito, foram motivados pela falta de envio de documentação pelo governo anterior. Na sequência, Alexandre destacou que o enfrentamento do Coronavírus continua sendo o principal desafio e que precisa do esforço de cada morador da cidade. Disse ter buscado com seus auxiliares, reorganizar a estrutura encontrada, desarticulada, ouvindo os diversos segmentos, interagindo com os setores representativos, especial da Segurança, da Saúde (hospitais), ações na área que têm ajudado a minorar os efeitos da pandemia, que continua desafiando o país e também a cidade.

O prefeito também enfatizou a preocupação com os impactos na economia e que tem buscando pelos meios disponíveis, tornar mais flexível o funcionamento das atividades. Porém, se deparou com obstáculos na Justiça, que obrigou a voltar atrás em uma decisão, dizendo que foi firme também, em outra situação que foi o agravamento dos índices de transmissão do vírus, em alguns momentos.

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