Esportes

Indefinição marca participação da Francana em campeonato

Sem time montado e diante da pandemia, diretoria da Veterana aguarda definição da APF, mas antecipa: jogos da quarta divisão devem ficar para o segundo semestre. Enquanto isso, presidência do time luta para conseguir recursos para cobrir despesas do campeonato.

A indefinição que marca tantos setores da sociedade nesse longo período de pandemia também se verifica no mundo dos esportes.

Ainda não há, por exemplo, uma definição muito clara com relação aos jogos do campeonato da quarta divisão do futebol paulista. Sendo assim, a Francana não sabe quando joga o campeonato esse ano. A expectativa, segundo o presidente do time, Anderson Pereira Silva, é a de que a Feiticeira só volte aos campos, assim como os demais times da quarta divisão, no segundo semestre.

“Não tem nada definido para saber quando será o campeonato. Normalmente a partir de março já estamos começando a montar o time, mas a Federação Paulista de Futebol ainda não desenhou o calendário. Está ouvindo os presidentes dos times para decidir”, disse Anderson.

Anderson revela que, no caso da Francana, a situação é ainda mais delicada.

“Na verdade, não sabemos nem se vamos disputar o campeonato. Ainda que o campeonato seja realizado, só vamos participar se conseguirmos recursos para tal. Para ser sincero, se não conseguirmos recursos, vamos pedir licença do campeonato”, disse Anderson.

Anderson explicou que a Francana precisa de cerca de R$ 600 mil para ter condições de montar um time competitivo para o campeonato. “Precisamos de cerca de R$ 150 mil por mês para montar um time com condições de subir. Ano passado, por conta da pandemia, o campeonato foi mais curto e isso deve se repetir esse ano. Devemos ter um total de 4 meses, sendo um mês de pré temporada, em vez dos habituais 6 ou 7 meses, o que reduz o custo total para cerca de R$ 600 mil. Mas não temos esse dinheiro”, disse ele.

Anderson disse que, em vários momentos, a diretoria colocou dinheiro do próprio bolso para fazer frente aos gastos da Francana. Mas que esse ano isso não será possível. “Nenhum dos 7 membros da diretoria vai colocar dinheiro pessoal na Francana esse ano. Nos últimos 4 anos todos nós fizemos isso; já empenhamos quase R$ 700 mil. Mas esse ano foi muito difícil e não dá mais para fazer isso”, desabafou o presidente.

Sem apoio

Anderson disse que as dificuldades financeiras são um grande problema para a Francana. “O time não tem apoio. Todo mundo ama a Francana, mas ninguém quer ajudar”, disse ele, que completou: “Nas últimas campanhas nós nos saímos muito bem, fomos elogiados, mas não subimos. E aí, a ajuda não vem. Os empresários também não querem ajudar. Temos um pequeno grupo de empresários que é ponta firme, mas o que conseguimos arrecadar é insuficiente”

A solução ideal, segundo Anderson é criar uma fonte de renda permanente para a Francana, ideia na qual ele está trabalhando, e, também, contar com o apoio da Prefeitura. “O governo municipal disse que vai apoiar a categoria de base. Precisamos, então, apresentar um projeto para a Feac e torcer para que isso seja aprovado e a gente fortaleça a história do clube com a base”, finalizou.

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