António Oliveira abraça o ‘corintianismo’ e muda ambiente em duas semanas
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico António Oliveira se mostra bem à vontade e adaptado ao que é ser Corinthians. Após o 3 a 0 sobre o Cianorte, resultado que garantiu a vaga na Copa do Brasil, o português deixou claro que já entende alguns traços que caracterizam o clube.
O novo comandante foi abraçado pela torcida, conquistou os jogadores e incorporou o “corintianismo”. Ele prometeu que o time não vai poupar dedicação em campo, destacou que sempre existirá cobrança interna e citou que conta com o apoio dos torcedores no “inferno” da Neo Química Arena.
A adaptação quase que imediata à realidade de um clube grande vem de berço. Seu pai, Toni, foi jogador e técnico e teve forte ligação com o Benfica, um dos principais clubes de Portugal.
“Clube grande é assim. Felizmente, nasci em família de quem também vivenciou isso. Em qualquer parte que vamos, do país, há corintianos por todo o lado. É força, vitalidade de um clube enorme que vive do passado, do presente e quer cada vez mais consolidar um futuro com conquistas. Fiquei extremamente feliz por ver estádio cheio, completo. Sentir carinho dessa torcida maravilhosa. Como nós, em campo, nunca desistem”, disse o técnico alvinegro.
ADAPTADO E EMBALADO
O treinador português tem pouco tempo de trabalho, mas já teve impacto imediato. Ele assumiu há duas semanas, com o time vindo de cinco derrotas seguidas, e está invicto: três vitórias e um empate com gostinho especial por ter sido arrancado, no fim, no clássico contra o Palmeiras.
António transformou o ambiente interno e externo do clube, que vinha turbulento com Mano. Além da fase ruim do time em campo com o ex-treinador, Mano acumulou momentos controversos: chamou Yuri Alberto de “burro” e teve uma fala polêmica envolvendo Raniele e o Cuiabá.
Após a classificação na Copa do Brasil, António tem outra missão pela frente: avançar também no Paulista. O Corinthians tem três jogos para tirar uma diferença de quatro pontos (no momento) e conseguir ficar entre as duas primeiras posições do Grupo C. O próximo compromisso é no domingo (25), contra a Ponte Preta, em Itaquera.
“Tem que ganhar em qualquer contexto, é uma obrigação, nem que seja de nós sobre nós próprios. Mais que jogar bem é ganhar, mas se jogarmos bem, estaremos mais perto de ganhar. O que estou a pensar agora é na recuperação dos jogadores, no treino de amanhã e em analisar o próximo adversário, definir estratégia e, no domingo, fazer o nosso inferno para conquistar os três pontos”, afirma o técnico.