Brasil tem segunda maior média de mortes da pandemia, acima de 3.000
O Brasil registrou neste domingo (11) a segunda maior média de mortes diárias por Covid-19 desde o começo da pandemia, segundo dados levantados junto às secretarias estaduais de saúde. Considerando os últimos sete dias, morreram 3.109 brasileiros em média diariamente -é a chamada média móvel, recurso estatístico para diminuir distorções, como a diminuição de registros aos finais de semana. É a quarta vez que esse número passa de 3.000, todas elas só neste mês. Em números absolutos, neste domingo foram registradas 1.824 novas mortes. Ao todo, os registros oficiais contabilizam 353.293 mortes por Covid-19 no Brasil.
Além disso, foram registrados 38.859 novos casos da doença. Assim, o Brasil soma 13.482.543 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.
Com esses números, o Brasil é hoje o país onde mais se morre pela pandemia. Em números totais, do começo da pandemia até aqui, estamos atrás apenas dos Estados Unidos, que soma 562 mil mortes, segundo dados da universidade americana Johns Hopkins, que monitora o avanço da doença pelo mundo. Logo abaixo do Brasil estão México, com 209 mil mortos, e a Índia, que tem população mais de seis vezes maior que a brasileira e registrou 169 mil mortes.
O consórcio de imprensa também atualizou as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid.
Ao todo, 23.286.249 pessoas já receberam a primeira dose do imunizante, e 7.052.402, a segunda, de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde. Na sexta (9), a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que o Brasil precisa tomar outras medidas além da vacina para domar a Covid-19.
Segundo a OMS, embora seja crucial imunizar idosos e profissionais de saúde para reduzir mortes desnecessárias, continua sendo essencial identificar pessoas infectadas e isolá-las rapidamente. Além disso, é preciso evitar contatos entre as pessoas para segurar a transmissão e evitar o aparecimento de novas variantes que escapem da vacina.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Neste sábado, os dados oficial do Ministério da Saúde apontam para 353.137 mortos pela doença e 13.482.023 contaminações confirmadas.