Você pode se curar
Aquilo que nós temos, a forma como agimos, nossas conquistas, nossas perdas, tudo está relacionado as nossas memórias, ao que está no subconsciente e às vezes nem sabemos o que tem lá.
Afinal, somos nossas memórias.
Ou seja, a nossa existência, a forma como nós vivemos a nossa própria vida, tendo resultados bons ou ruins, vem das minhas maiores verdades absolutas, das minhas crenças.
E o que me prende ao meu erro, o que me faz manter o padrão repetitivo, mesmo que eu não goste, mas eu continuo ali, fazendo sempre o mesmo do mesmo e sempre tendo o mais do mesmo? São nossas crenças, nossas maiores verdades absolutas.
E de onde vêm as crenças limitantes ou fortalecedoras? De tudo que vi, ouvi e senti na minha infância, principalmente dos 0 aos 12 anos.
Nessa fase, a criança é totalmente emocional, tudo que ela recebe ela absorve, acredita, toma como verdade, ou seja, ela recebe e dá significado para as situações de forma distorcida, nossa parte racional começa a ser desenvolvida a partir dos 8 anos.
E o significado que ela deu para aquele sentimento, que veio de ações repetidas ou forte impacto emocional, causou ali vícios emocionais, e hoje na vida adulta precisa continuar a alimentar esse sentimento (vício) de forma até inconsciente.
Existem pessoas viciadas em confusão, tristeza, crítica, manipulação, ciúme doentio, depressão, em estar sobrecarregada demais, trabalhar demais, problemas financeiros, em serem traídas, em trair, na agressividade, sentimento de culpa, em sentirem ódio, em sentirem raiva, em serem humilhadas, em serem abandonadas, em serem rejeitadas, outras em rejeitar, em viver uma vida se sentindo privada, sufocada, viciadas em apanhar dos maridos enfim…
Existem infinitos vícios emocionais, viciamos na sensação que esses comportamentos geram em nós, às vezes nossos problemas mudam, mas sempre estamos tendo os mesmos sentimentos e sensações por trás desses comportamentos.
Toda fratura emocional traz consigo um vício emocional, e todo vício precisa ser alimentado e vivido, como o vício em drogas.
E hoje pessoas estão se tornando compulsivas por comida, sexo, pornografia, álcool, masturbação, e por trás disso há um vício emocional, um sentimento que precisa ser saciado, ou seja, a pessoas não está viciadas no ato em si, mas na sensação, na descarga química, nos hormônios que estão sendo descarregados dentro delas.
E por que é tão difícil mudar, parar com esses comportamentos destrutivos? Porque as pessoas estão tratando a causa, o comportamento e não a raiz do problema e estão sempre tendo recaídas e se frustram achando que já não tem mais jeito.
E onde está o segredo para mudanças? Está no nosso próprio cérebro. Existe uma esperança, uma luz no fim do túnel.
E a cura está em nós!!! A neurociência dá o nome para esse efeito: Plasticidade Neural.
Nosso cérebro, por mais que esteja com crenças muito destrutivas, ele tem a capacidade de aprender coisas novas, de alterar e mudar as crenças através de novos caminhos neurais, porque nosso cérebro é elástico, ele é a máquina mais potente que existe, mas precisamos aprender a usar e entender quais são as regras do jogo.
Mara é simples mudar um comportamento destrutivo? Não é fácil, porque você passou 30 anos da sua vida pensando de forma limitada e com sentimento de forma prejudicial, mas é possível.
A pessoa primeiro tem que ter consciência de qual vício emocional ela possui e após isso se comprometer com a própria mudança, pagar o preço, mudar a postura, comunicação, pensamento, sentimento e a partir daí começar a trazer novos significados.
Detalhe principal: Conhecimento de causa – o que me levou a esse vício, o que aconteceu na minha infância, após isso ressignificar meu passado, perdoar meu passado, perdoar quem me causou esse vício emocional, perdoar quem precisa perdoar, pedir perdão.
Estabelecer novos caminhos, o que quero sentir a partir de agora, e começar a meditar, declarar o que quero viver, declarar de forma repetitiva, com energia, de forma constante o meu comportamento a partir de agora.
E ação, qual o novo caminho, qual o novo comportamento, o que preciso fazer a partir de agora pra resolver essa questão? E focar na solução, parar de alimentar o vício, se possível se afaste das pessoas que despertam em você esse gatilho, essa necessidade de vivenciar esse vício.
Aplicar as 6 leis da autorresponsabilidade – Não criticar, não reclamar, não buscar culpados, não se fazer de vítima, não justificar os próprios erros e não julgar os outros, porque afinal tudo isso só reforça você a continuar com esses sentimentos e não em resolvê-los.
Não tenha compromisso com o erro. Vença o ego, o orgulho, a arrogância, a prepotência e tenha humildade para aprender e colocar em prática, se possível busque ajuda profissional.
Porque aquilo que você sabe é o que te trouxe até aqui, e o que não sabe é o que te levará além.
A mudança é possível, e a mudança não vem do externo, vem de dentro. Pague o preço e que sua meta de vida seja a sua felicidade.