É pegajoso. Contagia
Vamos contar a nossa história?
Você contaria a sua, do seu filho ou filha, de uma irmã ou irmão, certamente que sim, se tivesse a mente aberta e o coração livre para amar, como essa corajosa mãe teve e que, providencialmente, é apenas a escada para o Marcelinho nos falar tudo e um pouco mais sobre a Síndrome de Down.
Ao ver o vídeo, pela primeira vez, não sabia se chorava, se ria, se me, sei lá o quê, em devaneios pela vontade indizível de estar ali, com mãe e filho, para lhes dizer: contem comigo. Mas, eu conto com vocês!
Uma certeza se me estabeleceu: igualdade não há sem a socialização.
Essa síndrome pega!
Pega a gente pelo coração e nos horizontaliza para que, na vertical, por meios de ações pessoais, familiares, de comunidades e das entidades governamentais e particulares, sejamos o estímulo incessante e voluntário dos Marcellinhos, a fim de que se tornem capazes de superar e, quando não, lidar, com naturalidade, com as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Devido às suas necessidades específicas de saúde e aprendizagem, precisam contar com a efetiva e contínua assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais e de todos nós.
Oi, Raquel, que professora, educadora e mãezona é você!
Não se chateie, o Marcellinho é o diretor desta escola de ensino do respeito e amor às pessoas com necessidades especiais.
Esse narizinho, pequenininho, debaixo desses olhinhos oblíquos, verdadeiras amêndoas, num rostinho feito no compasso, respira ares de transformação de comportamentos e visões para expirar a clorofila do processo de fotossínteses das pobres e preconceituosas ideias dos dinossauros (a)normais.
Pode abraçar. Contagia.