Em meados de 2019, uma onda de manifestações tomou conta das principais cidades chilenas, requerendo diversas demandas que, em grande medida, só seriam possíveis com reformas estruturais na legislação vigente. Assim sendo, a luta pela promulgação de uma nova Constituição, e a consequente satisfação dessas demandas, acabou ganhando mais e mais espaço, até que, em 2020, mediante a realização de um plebiscito, essa proposta foi aprovada pela maioria da população.
Alguns textos constitucionais já foram concluídos, porém sem uma aprovação da maioria dessa sociedade, que decide pela vigência ou não do mesmo.
No último dia 17 de Dezembro, uma proposta de Constituição conduzida, em grande medida, por lideranças associadas à direita chilena, foi rejeitada pela população, o que pode, é bem verdade, significar um revés para esse grupo político, além de manter essa aprovação de uma nova Constituição algo indefinido até o presente momento. Tal conjuntura fortalece um sentimento de relativa incerteza e instabilidade, posto que, nos próximos anos – talvez meses –, a depender dos ventos que soprem na política nacional daquele país, a legislação máxima desse pode ser severamente alterada.