
Os moradores em situação de rua estão com a bola toda.
Rolam a redonda, a quadrada, a que aparecer, em todo lugar público, de uma viela a uma praça de frequentação da comunidade, sem que possam ser incomodados e advertidos.
Em duvidando, arrisque molestá-los com tratamento educado e educativo, comprometendo-se a encaminhá-los ao SUAS (Sistema Único de Assistência Social), com o nobre objetivo de vê-los, de fato e de direito, sob a proteção social básica (que é conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários) ou destinatários da proteção social especial (esta como um conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos.
Verá que a efetivação do SUAS é um suador.
Viadutos, monumentos, jardins, sistema de lazer, não importa, sendo de propriedade dos estados, municípios e da União – entendida como toda a federação brasileira – são e estão dominados. Você que peça licença para usar um destes equipamentos, instalações e próprios – estes, um termo confuso e prolixo para significar bens do poder público!
Aí nóis chora!
Conhece algum estudo digno de respeito que nos apresente todo o quadro da população em situação de rua de Franca ou de outra entidade federada municipal, no qual estejam transparentes, em letras e em números, quantos são esses moradores, de onde são ou vieram, seu estado civil, seu estado de saúde física e mental, suas origens e famílias, suas passagens policiais e criminais e eventuais condenações, seu grau de escolaridade e o quê o município despende com eles mensalmente e de onde vêm e saem os recursos para o seu sustento?
O que o município empreende e faz acontecer, e, portanto, realmente executa para a população em situação de rua, a qual é definida como o grupo populacional heterogêneo que tem em comum a falta de moradia e utiliza os logradouros públicos como espaço de moradia e de sustento, bem como as unidades de acolhimento institucional para pernoite eventual ou provisório, podendo tal condição estar associada a outras vulnerabilidades como a pobreza e os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados?
A teoria na realidade é de onerosa e complexa operacionalização. Como não?
As resistências de adesão dos que devem ser os beneficiários e público-alvo da Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para a População em Situação de Rua e, indeclinavelmente, do SUAS, são alimentadas por minorias ativas politicamente, com finalidades indignamente eleitorais, em detrimento da promoção e resgaste da personalidade e cidadania daqueles seus manobrados. Um pecado!
É de emocionar pensar que todas as atividades e serviços da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) integram as ações de reabilitação psicossocial às iniciativas de fomento ao empreendedorismo e ao cooperativismo social instituídas por leis federais, estaduais e locais.
O bicho pega quando se fala em trabalhar. Fui mal. Empreender e ser cooperado socialmente, com o apoio moral e grana do povo.
Indo à vaca gelada do vídeo, temos imagens de coisas menores, que não devem ser mais uma preocupação sua, dos administradores social e assistencialmente sérios e de agentes públicos lotados em cargos de têm por atribuições, também, tornar atingidas diretrizes e finalidades sensatamente estabelecidas para uma sociedade relacionalmente respeitosa e humanamente empática.
Castro Alves, por que disseste: “A praça é do povo, como o céu é do condor”?
Ah, esses inspirados poetas?