Graciela de Lourdes David Ambrósio nasceu na cidade de Pedregulho-SP em 8 de julho de 1964, filha de Anis David e Lourdes de Souza David e junto a ela, mais 12 irmãos. Família humilde e unida. O senhor Anis trabalhava na Santa Casa e dona Lourdes cuidava dos filhos e da organização da casa.
A menina foi crescendo e aos 15 anos mudou-se com a família para a cidade de Franca-SP. Sempre estudou em escola pública e formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Franca. Casou-se com Paulo Ambrósio e é mãe de Urias de 27 anos e de Pedro de 17 anos.
Graciela foi escrivã, delegada de polícia chefe da Delegacia de Defesa da Mulher durante 30 anos. Foi vereadora de Franca por três mandatos e agora é deputada estadual por São Paulo e está no segundo mandato. É a voz das mulheres.
A Folhinha esteve com Graciela no início da noite de uma sexta-feira e pôde acompanhar a movimentação em seu gabinete. A deputada atende a população de Franca e de várias outras cidades e entre uma reunião e outra, atendeu a Folhinha em uma conversa leve, agradável, descontraída e marcada por muita emoção.
“Encontrei fotos que me emocionaram muito, me lembrei até de uma roupinha vermelha com branco que eu gostava e usava bastante. Fiz uma viagem no tempo. Relembrei de coisas que havia esquecido”
Graciela
“A gente se divertia muito brincando de pique de esconder, de pular cordas, queimada e amarelinha, entre outras brincadeiras. Eu adorava brincar de amarelinha”
Graciela
Confira a entrevista:
FOLHINHA: Deputada, como foi sua infância? Quais eram seus brinquedos e brincadeiras preferidos?
GRACIELA: Foi uma infância típica de uma criança do interior. Simples, porém, muito divertida. Eu nasci e cresci em Pedregulho. Junto aos meus irmãos e vizinhos, fazíamos muitas brincadeiras na rua, que não tinha asfalto. Após o período escolar, as crianças da vizinhança se reuniam e brincávamos.
Não havia televisão colorida, nem telefones celulares, videogame ou computadores. A gente se divertia muito brincando de pique de esconder, de pular cordas, queimada e amarelinha, entre outras brincadeiras. Eu adorava brincar de amarelinha. Também tive algumas bonecas da época.
“Meus avós paternos eram libaneses. Minha avó era muito carinhosa e ajudava a cuidar dos netos com amor. Quando machucávamos, nos levava até a farmácia, e ela mesma fazia os curativos. Na casa dela havia um papagaio que cantava. Logo que ela faleceu, passou um tempinho, o papagaio faleceu também”
Graciela
FOLHINHA: Em quais lugares costumava brincar?
GRACIELA: A gente sempre brincava na porta de casa ou em um parquinho da cidade. Às vezes ia à casa das amigas ou recebia as amigas em minha casa.
FOLHINHA: Sente saudades da infância?
GRACIELA: Sinto saudades de todas as coisas que vivi, como as brincadeiras, as conversas, a convivência com os irmãos e amigos. Naquela época não tinha a violência que tem hoje. Era muito seguro. A gente podia brincar e ficar conversando na rua tranquilamente.
FOLHINHA: Quais eram seus sonhos na infância?
GRACIELA: Quando criança a gente imagina tantas coisas. A nossa mente é tomada por pensamentos diversos. Eu sonhava em ter uma superforça.
FOLHINHA: Quais os conselhos valiosos de seus pais?
GRACIELA: Meus pais eram muito simples, porém, muito honestos e trabalhadores. Eles nos passaram valiosos ensinamentos que sigo até hoje. O principal deles é respeitar o próximo. A partir do momento em que respeitamos as pessoas, que aceitamos as diferenças, não há espaço para conflitos.
FOLHINHA: Do que se recorda da escola? Como era como aluna?
GRACIELA: Estudei na Escola Artur Belém Júnior em Pedregulho. Eu adorava as professoras. Sempre fui uma ótima aluna. Tenho amigos e amigas de infância que trago em meu coração até hoje.
“Durante a campanha para deputada estadual, tive a oportunidade de me reencontrar com a dona Sueli em Pedregulho. Foi um momento especial em minha vida”
Graciela
“Todas as professoras de minha infância são inesquecíveis, maravilhosas. Os anos que passamos juntos, a convivência, os ensinamentos. Foram tempos maravilhosos que se tornaram inesquecíveis. Os professores eram referências”
“As professoras, naquela época, costumavam levar os alunos para a casa delas depois da aula, para ajudar nas tarefas e os alunos a ajudavam a confeccionar materiais para a aula. Lembro-me de ter ajudado a professora a fazer os enfeites e as lembrancinhas de Páscoa”
“Quando tinha reunião de pais, eu me preocupava com o que a professora ia falar sobre mim e quando mamãe chegava e dizia que eu havia recebido muitos elogios, era um alívio!”
FOLHINHA: O que a fez escolher sua profissão? Quem foram seus maiores incentivadores?
GRACIELA: Eu sou de uma família de policiais. Meus irmãos foram meus maiores incentivadores.
FOLHINHA: Um sonho que fez da juventude que tornou realidade?
GRACIELA: Meu sonho era poder fazer uma faculdade e ter uma boa profissão. Felizmente consegui alcançar meus objetivos. Me formei na Faculdade de Direito de Franca e consegui me tornar policial, como os meus irmãos.
FOLHINHA: Como chegou ao cargo de delegada, vereadora e agora deputada estadual?
GRACIELA: Prestei concurso para delegada de polícia em 1989 e, graças a Deus fui aprovada. Foram 29 anos como delegada. Fui a responsável pelas Delegacias de Defesa da Mulher de Barretos e de Franca. Na atividade policial foram 32 anos ao todo. Me tornar policial foi a escolha mais acertada de minha vida, pois, fui muito feliz exercendo esta profissão. Foi por meio deste trabalho que ingressei para a política. Fui vereadora por três mandatos e estou exercendo o segundo mandato como deputada estadual. Os desafios ao longo de nossa vida são muitos. Como sou mulher, enfrentei muito machismo, mas sempre combati isto com firmeza. Nada acontece de graça. É preciso estudar muito, se dedicar e ter força de vontade. Desanimar não pode ser uma opção.
FOLHINHA: Como a política surgiu em sua vida? Por que escolheu a vida pública?
GRACIELA: A política surgiu em minha vida quando senti que poderia contribuir mais. Eu era delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, a DDM de Franca e percebi que não bastava apenas o atendimento policial para as vítimas de violência. As pessoas precisavam de acolhimento, de orientação, de oportunidades. Foi quando decidi ser vereadora para poder ampliar o trabalho que realizava como delegada. A política está presente na sociedade e meu trabalho me credenciou para que as pessoas me dessem o voto de confiança para estar nela até hoje.
“A política surgiu em minha vida quando senti que poderia contribuir mais”
Graciela
FOLHINHA: O que gostaria de dizer para as crianças e jovens, leitores da Folhinha em relação aos estudos e realização de sonhos?
GRACIELA: Sonhe sempre! Coloque alegria em tudo o que for fazer, tenha pensamento positivo e agradeça e por tudo. Estude, se dedique, se qualifique e nunca desista de seus sonhos. Faça dos seus sonhos um objetivo em sua vida. Com esforço, meta e dedicação, você alcançará seus sonhos. Obstáculos e erros são como aprendizados para nos fortalecer.
“Sonhe sempre! Coloque alegria em tudo o que for fazer”
Graciela
FOLHINHA: Qual é a função de uma deputada estadual?
GRACIELA: A função principal é a de apresentar projetos de leis, emendas à constituição estadual, decretos legislativos, além de votar outros projetos encaminhados por outros deputados e pelo governador. Os parlamentares estaduais também são responsáveis pela fiscalização contábil e financeira do estado. Outro trabalho importante que o deputado realiza é buscar recursos para ajudar hospitais, entidades assistenciais e prefeituras. Somente neste ano, enviarei mais de R$ 10,5 milhões em recursos para Franca e cidades da nossa região.
FOLHINHA: Até o momento, o que já fez que mais se orgulha?
GRACIELA: Eu me orgulho muito da minha família. Me orgulho de ter sido uma boa filha, de ser uma boa mãe, de ser uma cidadã do bem, do trabalho que realizei como delegada de polícia. Há 30 anos, quando poucas pessoas se preocupavam com o tema, eu já atuava para defender as mulheres vítimas de violência. Me orgulho de ter sido uma vereadora atuante e de ser uma deputada estadual que dá as respostas que a população mais necessitada precisa. Um levantamento realizado pela Prefeitura mostrou que sou a deputada que mais manda recursos para Franca entre todos os deputados estaduais, federais e senadores.
“Me orgulho muito da minha família. Me orgulho de ter sido uma boa filha, de ser uma boa mãe, de ser uma cidadã do bem”
Graciela
Deputada ao mostrar as fotos para a Folhinha de Franca: momento de descontração, emoção, afeto e muitas recordações.
“Minha missão como deputada é trabalhar para melhorar a qualidade de vida das pessoas mais necessitadas. Contem sempre comigo”
Graciela
Na infância Graciela sonhava, simplesmente, em ter uma superforça. Deputada, sonho mais que realizado!
Muito linda a “Folhinha ” de franca hoje,uma boa entrevista com uma “mulher” que faz muita diferença na vida de todas as “mulheres” de franca, do estado de São Paulo,e de todo o “Brasil “,parabéns a professora, Rita Mozetti ,pela a entrevista,ficaram lindas as fotos “antigas” da “nossa deputada”.
Bom domingo a todos,leitores da “Folhinha de franca “.
E quem sabe, não nascendo mais uma deputada, professora de franca para o Brasil,alguém dúvida?…
Que linda a história da Deputada Graciela, uma pessoa íntegra no seu exercício de cidadania! Sinto-me representada por esta grande mulher! E agradeço a Deus por ter me iluminando a votar nela, pois estava na dúvida em quem votar! Tantas decepções com os candidatos anteriores a ela. Parabéns que Deus lhe abençoe e continue a força e grandeza do seu trabalho!