Já pensou em ser um bombeirinho ou uma bombeirinha? Quer aprender a Língua Brasileira de Sinais, a Libras? Conhece a Lei Lucas?
“A melhor combinação da minha vida: bombeiro e libras”
Walker Sousa
O projeto “Bombeirinho da Libras” tem como idealizador Walker Isaac de Sousa, militar da reserva e bombeiro civil, trabalhou por sete anos no Corpo de Bombeiros e serviu de inspiração para o prêmio Acessibilidade em 2021, realizado pelo Ministério dos Direitos Humanos, que homenageia profissionais que promovem a inclusão e acessibilidade. Walker é conhecido como o bombeiro da Libras.
Até no portão da casa de Walker encontramos o alfabeto manual da libras.
“O portão serve para chamar a atenção de quem passa pela rua, principalmente das crianças para que tenham interesse por aprender a língua de sinais”
Walker
A comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais, a Libras, foi decisiva durante o resgate de um surdo que se feriu em um acidente. A ação do bombeiro acalmou a vítima e, já no hospital, evitou que o rapaz recebesse uma medicação da qual é alérgico.
Assista aos vídeos:
As vivências que salvaram vidas, fizeram com que Walker criasse o projeto: Bombeirinhos da Libras que tem como objetivos ensinar libras e noções básicas de primeiros socorros para crianças e adolescentes, atendendo assim, a Lei Lucas (Lei nº 13.722 de 4 de outubro de 2018). Lei que obriga as escolas públicas e privadas e espaços de recreação infantil a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros.
Além dos primeiros socorros, as crianças aprendem a se comunicarem em Libras.
Conheça a história de Lucas Begalli que motivou a criação da Lei Lucas:
https://cmosdrake.com.br/blog/lei-lucas-conheca-a-historia-por-detras-da-lei/
“É fundamental educar as crianças e adolescentes sobre as medidas de segurança e primeiros socorros, permitindo que se tornem agentes multiplicadores desses conhecimentos em casa, na escola e em todos os lugares”
Walker Sousa
O projeto está dividido em aulas teóricas e práticas, adaptadas para a faixa etária das crianças, acontecem uma vez por semana, com duração de até 2 horas e ao longo de um período de 6 meses.
As crianças aprendem noções básicas de primeiros socorros, prevenção de incêndios, procedimentos em emergências, identificação de riscos, medidas de segurança e sobre acessibilidade e inclusão. Tudo através de brincadeiras, jogos, simulações, dramatização e trabalho em grupo.
Conheça alguns bombeirinhos que frequentam as aulas do projeto:
VITOR HENRIQUE DA MATA SANTOS
Vitor nasceu em 12 de dezembro de 2017, na cidade de Franca-SP, frequenta o CCI Amélia Rodrigues, está na fase II.
“Minha mãe ficou sabendo do projeto e me matriculou. Quero ser bombeiro para salvar as pessoas, os animais e apagar os incêndios”
Vitor, 5 anos
“Estou aprendendo a com desengasgar adultos e bebês, sei os telefones das emergências, aprendi a fazer massagem cardíaca e sobre os animais peçonhentos que podem machucar as pessoas. Gosto muito das aulas e fico ansioso para chegar sábado e poder aprender mais”.
Vitor, 5 anos
“O primeiro motivo que me fez matricular o Vitor no projeto foi o simples fato dele já demonstrar interesse e admiração pelos bombeiros. Sempre que vê o caminhão, carro ou as ambulâncias do resgate do Corpo de Bombeiros fica todo encantado. No projeto, as crianças, aprendem primeiros socorros, prevenção de acidentes domésticos, prevenção de incêndios, o que os deixa preparados para prestar auxílio em um momento de emergência, caso ocorra. É abordado também sobre inclusão e acessibilidade. As crianças aprendem Libras (Língua Brasileira de Sinais) que a meu ver é importante para se ter conhecimento quando se trata de inclusão no espaço social.
As aulas são estruturadas de maneira bem dinâmica, variando bastante em conteúdo teórico e prático, o que torna uma atividade bem gostosa para todas as crianças, desde os mais novos aos maiorzinhos. Sem contar com todo amor e carinho que nossos pequenos são tratados”
Gabriela Mata, mãe do Vitor.
BENICIO RODRIGUES FRANCO
Benício nasceu em 17 de dezembro de 2017, na cidade de Franca-SP, está na fase II do CCI Aguida Maria Melo Oliveira e frequenta o projeto Bombeirinho há três meses.
“Decidi ser um bombeirinho por causa do caminhão dos bombeiros, acho ele bem legal e bonito. Nas aulas aprendo muitas coisas, já sei até como desengasgar bebês. Quero salvar a vida das pessoas quando estiverem em perigo”
Benício, 5 anos
“Eu e meu esposo, incentivamos o Benício a participar das aulas e ser um bombeirinho, ele precisa fazer atividades físicas, pois é bom para o seu desenvolvimento, saúde, além dos primeiros socorros, ele está aprendendo a seguir regras e a ter concentração”
Kelle Cristina Rodrigues Franco, mãe do Benício.
RAFAEL GREGORI SILVA DE ANDRADE
Rafael Gregori nasceu em 14 de fevereiro de 2013, na cidade de Franca-SP, estuda na Escola Municipal Rita de Cássia Calixto Xavier, está no 5 º ano. Decidiu ser um bombeirinho, pois sempre despertou o interesse por aprender Libras para se comunicar com pessoas surdas e quer aprender primeiros socorros para ajudar a todos.
“Todas as escolas deveriam ensinar primeiros socorros e libras para os alunos. Gosto muito de conversar e quero me comunicar com as pessoas que têm deficiência auditiva e as que são surdas. Em escolas podem acontecer vários acidentes e aprender o básico pode ajudar a salvar vidas. Acidentes acontecem, mas podemos prevenir e caso aconteçam, sabemos como agir. Os bombeiros fazem de tudo: salvam vidas, andam nas matas, apagam incêndios, mergulham… Aprendendo posso ajudar em salvamentos na minha casa, na minha escola e onde eu estiver. No projeto já aprendi a desengasgar pessoas e animais, a fazer massagem cardíaca e sei de cor o telefone do Samu, Corpo de Bombeiros e da Polícia. Quando crescer, penso em ser bombeiro, pois eles fazem de tudo para salvar vidas”
Rafael Gregori, 10 anos
MONIQUE YANNI SILVA SANTOS
Monique Yanni nasceu em 17 de abril de 2017, na cidade de Franca-SP, está na Fase II da Escola Municipal Rita de Cássia Calixto Xavier e há dois meses frequenta o projeto.
“Sou uma bombeirinha porque quero salvar a vida das pessoas não importa se eu as conheço ou não, o importante é salvar quem está sofrendo. Quero aprender Libras para me comunicar com as pessoas que não ouvem. Na aula, desenhei um caminhão de bombeiros e ao lado, fiz uma menina segurando uma flor. Quando eu crescer, penso em ser bombeira ou médico, pois os dois ajudam as pessoas e eu quero salvar pessoas e animais. Estou aprendendo a evitar acidentes em casa, na escola, na rua e em qualquer outro lugar”
Monique Yanni, 6 anos
“Quando conheci o projeto, Walker vestia uma camiseta com os sinais da libras e comentei com ele, que queria que meus filhos aprendessem e ele me motivou a matriculá-los. É muito importante as crianças conhecerem os primeiros socorros. Acidentes acontecem, mas podem ser prevenidos e caso aconteçam, quero que meus filhos saibam o que fazer sem desespero. Pequenos gestos e ações podem salvar uma vida. Primeiros socorros deveriam ser ensinados também nas escolas porque é um local com muitas crianças e que acidentes podem acontecer. No projeto aprendem sobre os perigos dos animais peçonhentos e como proceder caso encontrem. Meus filhos estão aprendendo muito e a conduta deles já mudou, pois conversam sobre o que aprendem e como podem ajudar a família e os amigos em situação de perigo e acidentes”
Mariza Cecília da Silva, mãe do Rafael Gregori e da Monique Yanni
Como participar:
- Procure a sede do projeto que fica na Avenida Nelson Japaulo, 1850, sala 4, Jardim Luiza I.
- A criança e jovem devem ter entre 5 e 14 anos.
- Levar documentos pessoais.
- As aulas acontecem as quartas e quintas-feiras das 19h às 20h30.
- Uma nova turma está sendo aberta: será na terça-feira.
Trabalhos em pro da comunidade, são feitos, mas somente quem tem um olhar do SER HUMANO , consegue enxergar …… parabéns