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Bastidores do Big Brother Brasil: Quem realmente ganha um prêmio com o reality?

O Big Brother Brasil, conhecido por seus momentos intensos e emoções à flor da pele, se mostra mais uma vez um dos programas mais vistos pela população brasileira.
De acordo com o painel nacional de Televisão, mais de 100 milhões de pessoas acompanharam as transmissões do reality nas últimas edições. Juntamente a toda essa massa de pessoas assistindo o programa, vem o interesse de grandes empresas em aproveitar essa visibilidade para impulsionar suas marcas.

Quando se fala em BBB, o prêmio milionário para o vencedor acaba sendo um dos menores números envolvidos no reality. Considerando que o prêmio será pago para a pessoa física ganhadora e que o valor entre nas regras de pessoa física da receita federal, para que o ganhador receba R$ 3 Milhões de reais líquidos, a TV Globo terá que desembolsar R$ 1.137.931,03 apenas para pagar o imposto de renda incidente, ou seja, é como se o prêmio total fosse de R$ 4.137.931,03, mas, como incide o imposto de renda sobre uma alíquota de 27,5% o ganhador fica apenas com R$ 3 Milhões.

O prêmio pode até parecer um alto valor, se não comparado com os valores que o programa arrecada. Falando apenas em publicidade, de acordo com a revista exame, a TV globo vendeu 20 cotas de publicidade que farão a empresa arrecadar mais de R$ 1 Bilhão de reais com marketing das marcas patrocinadoras. Ainda falando em impostos, apenas sobre os valores arrecadados com publicidade, se considerarmos as alíquotas de 7,6% de Cofins, 1,65% de PIS e 34% de IRPJ/CSLL, estamos falando de mais de R$ 400 milhões de reais em débitos tributários com a Receita Federal.

Não tem como falamos que R$ 3 Milhões de reais é pouco dinheiro, mas se considerarmos as quantias que o reality movimenta, a premiação pode ser considerada aquele troco de padaria que o vendedor pergunta se você aceita em balas. Considerando todo o dinheiro envolvido no programa, de quanto você acha que deveria ser o prêmio?

Plínio Reis

É administrador de empresas formado pelo UniFacef, é especialista tributário há mais de 10 anos, tendo atuado nas maiores consultorias tributárias do mundo. É francano e mora em São Paulo, onde é CEO na Bart Gestão Tributária

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