Colunas

Até onde a fome tributária de Trump é viável?

O tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, empossado no ùltimodia 20, é o rebuliço na Economia mundial. Começa com a taxação dos produtos do Canadá, México, China e provavelmente Brasil exportados ao território yankee, com a expectativa de se estender aos demais parceiros comerciais e até aos organismos internacionais espalhados pelo planeta.

Trump decretou novos impostos para Canadá e México. Como aqueles países reagiram, comçou uma negociação que deverá se estender por um mês, definindo os novos impostos tanto de um lado quato do outro das transações. Também cria tributo de 10% aos produtosque a China envia aos Estados Unidos e os chineses fiazem o mesmo, estabelecendo alíquota de 15% para combustíveis recebidos dos EUA e a negociação deverá ser concluída em um mês. O presidente Lula da Silva adiantou que se for criada nova alíquota às transações de mercaodrias do Brasil para os EUA, o nosso país fará o mesmo, criado tarifas no mesmo nível, em reciprocidade que poderia até ser reconhecida como retaliação.

Com ou sem razão ou urgência, o aumento de impostos para o comécio dos EUA com os países parceiros causará grande impacto no mercado e exigirá o realinhamento de preços e da arrecadação tributária dos países. Além das medidas relativas ao comércio, Trump prevê tirar o seu país da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e demais organismos se os outros países-membros continuarem contribuindo para sua manutenção com inportâncias inferiores às pagas pelo governo de Washington Também promete retaliar países e organismos que tentem criar mecanismos para substitur o dólar no comércio internacional. A advertência nesse sentido é endereçada diretamente ao Bricks (banco firnado por Brasil, Russia, India, China, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos) que recentemente divulgou estudos para criar o dinheiro próprio e abandonar o norteamericano. Se isso acontecer, Trump deverá determinhar tributo de 100% nas transações dos membros dessa e outras organizações com os Estados Unidos.

Além da pauta econômica, o governo Trump também se empenha para solucionar – ou pelo menos diminuir – a migração ilegal àquele país, que possui 334,9 milhões de habitantes regulares. Segundo informações oficiais, existem atualmente 11 milhões de estrangeiros ilegais nos EUA, dos quais 230 mil brasileiros. Destes, 7 mil foram deportados a partir de 2020. O novo governo diz que se esforçará para solucionar o problema. Além da devolução deles aos países de origem, deverá ser construída na base militar de Guantanamo, uma prisão com capacidade para 30 mil indivíduos, voltada exclusivamente para o migrante ilegal. Ainda há a possibilidade do governo de Washington alugar um presídio de 50 mil lugares, em El Salvador, também para recolher migrantes.

O enunciado do governo de Donald Trump é ambicioso e depende da anuência dos parceiros internacionais. Embora seja a maior economia do mundo, as atividades têm de contarcom a aprovação dos países em transação. E além do mundo globalizado de hoje, os EUA não reinam mais absolutos na área econômica. A China, que cresce em escala vertiginosa tende a arrebatar o status de maior economia mundial.

Espera-se que tsnto Fonslf Trump quanto os governantes dos demais países demonstrem a devida racionalidade para negoviarem o melhor comortamento econômico e político dentro das propostas que hoje são colocadas à mesa. Que o presidente brasileiro, Lula da Silva, consiga avanços no relacionamento dom o mandatário norte-americano, mesmo sendo um deles de esquerda e o outro de direita. Que todos deixem no passado as desavenças político-Ideológicas e sejam capazes de fatiar o bolo mundial de hoje da forma que todos sejam beneficiados e nem tenham do que reclamar. A ideologia pode e até deve continuar existindo, mas não ser a determinante do estilo de vida das populações e nem das ações de governo.

Que Donald Trump seja bem sucedido na política que deseja implantar. Mas, antes de tudo, tenha a sensibilidade suficiente para compreender o que é possível e o inexecutável. Do contrário, em vez de fazer o planeta avançar, poderá jogá-lo no retrocesso como, a bem da verdade, fizeram muitos governantes das últimas décadas que, em vez de buscar o possível e o executável, tentaram impor suas utopias e se deram mal…

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

É dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo