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Câmara aprova homenagem à Cleusina de Melo Tristão

Foi aprovado durante a 17ª Sessão Ordinária o Projeto de Lei 39/2023 de autoria do vereador Donizete da Farmácia (MDB) que denomina Cleusina de Melo Tristão a rua 20 do loteamento Reserva Abaeté.

Biografia

Cleusina de Melo Tristão nasceu aos 31 de outubro de 1941, filha de Geraldo Martins Tristão e Jovita de Melo (ambosin memoriam). Foi casada com Leopoldino da Silva e não teve filhos.

Cleusina foi uma batalhadora, órfã de pai aos 11 anos, teve que trabalhar para ajudar sua mãe a criar outros três pequenos.

Dividia seu tempo entre trabalho em casas de família e estudos. Assim, cursou o curso primário na Escola Estadual Caetano Petraglia, depois foi para a Escola Industrial, onde concluiu o ginásio e aprendeu corte e costura.

Passou a costurar para algumas senhoras da cidade, entre elas a senhora Belinha Brigagão.

Mas seu sonho de continuar os estudos fez com que ela buscasse outros horizontes, foi então que aos 16 anos conseguiu um emprego na Liga de Assistência Frei Gregório Gil; ali conquistou seu primeiro emprego com registro em carteira.

E foi ali também, trabalhando com pessoas que necessitavam da assistência social, que descobriu sua grande vocação para o amor e a caridade. Desejou assim formar-se assistente social, um sonho que no momento ainda era distante, mas que ela não desistiu.

Percebendo sua dedicação e vontade de vencer, os próprios dirigentes da entidade onde prestava seus serviços, se dispuseram a conseguir uma bolsa de estudos para que ela pudesse cursar o Curso Normal (2° grau) no Colégio Jesus Maria José. Formou-se 3 anos depois com o título de professora primária.

Mas nem por isso desistiu do grande sonho de ser assistente social e, logo após sua formação inicial, rumou para a cidade de São Paulo para cursar Serviço Social desejado, já que em Franca ainda não havia oferta do curso. Só e Deus, com uma mala e muitos sonhos, desembarcou em São Paulo disposta a lutar e vencer.

Procurou a única referência que tinha, um gerente de banco indicado pela humanitária “Dona Filhinha”, e assim foi contratada pelo Banco Francês e Brasileiro (uma empresa multinacional que tinaha agências na cidade de São Paulo e na região metropolitana da capital).

Inicialmente como escriturária demonstrou sua capacidade e garra. Seus superiores acompanharam sua força de vontade e desejo de crescer na empresa e, assim, resolveram custear seus estudos e, assim, depois de um vestibular concorrido, Cleusina conseguiu iniciar os estudos em Serviço Social na Faculdade Paulista: Quatro anos mais tarde, Cleusina conseguiu se formar e recebeu justa promoção na instituição financeira.

Tornou-se assistente social de todas as agências do banco, mais de 1000 funcionários passaram a receber atendimento daquela dedicada jovem. Assim, Cleusina fez história naquele banco, dedicando seus serviços por 25 anos, até a aposentadoria.

Quando voltou a Franca, não parou. Passou a dedicar parte de sua vida ao trabalho assistencial voluntário. Foi voluntária no Hospital do Câncer por muitos anos.

Além disso, cristã fervorosa, fez parte da comunidade da Igreja Nossa Senhora das Graças por muitos anos. Faleceu no dia 16 de maio de 2021, aos :79 anos, deixando familiares e amigos consternados.

Vereadores

O autor da homenagem Donizete da Farmácia (MDB) disse ‘a biografia da Cleusina fala tudo! O trabalho que ela fez, principalmente na área social, e gostaria de aproveitar esse momento para agradecer ao Wanderlei Tristão, porque ela é irmã do Wanderlei, que foi vereador nessa casa por vários mandatos e tinha trabalho social muito grande principalmente na questão de moradias’

Ele acrescentou ‘e também é cunhada da Cristina que é servidora pública e realizou um grande trabalho dentro da saúde. Mais uma vez quero agradecer ao Wanderlei e a Cristina por dar essa oportunidade de homenagear a Cleusina de Melo Tristão’

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