O 4° Domingo da Páscoa destaca uma imagem que vem desde o Antigo Testamento, para revelar a pessoa de Jesus: o bom pastor (Jo 10,11.14). Quando o Senhor utiliza esta imagem, aponta algo sagrado que deve ser protegido, que é o rebanho. A vida daqueles que são obra de Deus necessita ser defendida de mercenários. Somos preciosos para ele, “seus filhos e filhas”, semelhantes a Jesus (1 Jo 3,1-2), e cada vida concentra em si um valor bendito e sagrado.
O Pai nos ama desde o princípio da nossa existência. Da nossa parte, é necessário conhecer o pastor, escutar a sua voz e permanecer unidos a ele. Só no Senhor, bom pastor, encontramos a vida e a segurança. Só nele, podemos também ser sinais e instrumentos de esperança, bondade, cuidado, amor, alegria, fraternidade e paz.
Rezemos pelas vocações, uma dimensão essencial para a Igreja e a sua ação evangelizadora. Na sua mensagem para o Dia Mundial de orações pelas vocações, o Papa Francisco nos exorta a semear a esperança e a construir a paz. Reconhecemos com gratidão os carismas e as vocações que o Espírito Santo suscita a sua Igreja. O caminho comum é sermos peregrinos da esperança rumo ao Ano Santo, que será celebrado em 2025: formamos uma só família, unida no amor de Deus e interligada pelo vínculo da caridade, da partilha e da fraternidade.
“Levantemo-nos, pois – exorta o Papa – e ponhamo-nos a caminho como peregrinos de esperança, para que também nós, como fez Maria com santa Isabel, possamos comunicar boas-novas de alegria, gerar a vida e ser artesãos de fraternidade e de paz”.
Suplicamos com confiança ao Bom Pastor, pois as verdadeiras vocações surgem alicerçadas numa profunda experiência de Deus.
