Os dois primeiros discípulos de Jesus não procuram uma resposta teórica, uma verdade, uma fórmula teológica, procuram um relacionamento com uma Pessoa, que é Jesus. O desejo deles expressa uma busca de familiaridade: onde moras? O lugar onde moramos fala de nós. Para se familiarizar verdadeiramente com alguém, você precisa entrar em sua casa. Não poderemos ser amigos de verdade sem conviver e conhecer mais profundamente a outra pessoa.
Jesus acolhe este desejo de familiaridade e convida-os para a sua casa. Para conhecer Jesus não é tanto uma questão de falar dele, mas de estar com ele e conviver com ele.“ ’Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele‘ (1 Jo 4, 16). No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. (Bento XVI, Deus Caritas Est, n. 1)
O encontro com Jesus, quando autêntico, gera um profundo desejo de anunciá-lo e testemunhá-lo. Os primeiros discípulos contam o que viveram. O Evangelho caminha através dos relacionamentos. O Evangelho é anunciado antes de tudo através da experiência da fraternidade. O encontro com Jesus cura os relacionamentos e leva as pessoas a se reconciliarem. Peçamos à Virgem Maria, Mãe, Discípula e Mestra, que nos mostre o Caminho do Verdadeiro Amor:
Santa Maria, Mãe de Deus,
Vós destes ao mundo a luz verdadeira,
Jesus, vosso Filho – Filho de Deus.
Entregastes-Vos completamente
ao chamado de Deus
e assim Vos tornastes fonte
da bondade que brota d’Ele.
Mostrai-nos Jesus.
Guiai-nos até Ele.
Ensinai-nos a conhecê-Lo e a amá-Lo,
para que também nós
sejamos capazes de viver o verdadeiro amor
e de sermos fontes de água viva
no meio de um mundo
sedento de vida em plenitude.
Amém!
Fonte: Portal Cerco Il Tuo Volto, Gaetano Piccolo (Sim); Deus Caritas Est, n. 1 e n. 42.