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Na tentação não estamos sós

Jesus é tentado no deserto: na fome, na sede, na solidão, no silêncio das noites intermináveis. 

O que significa “Não nos deixeis cair em tentação”? Pedimos a Deus Pai na oração do Pai Nosso para que não nos deixe sozinhos e a mercê da tentação. Pedimos ao Espírito para que saibamos discernir entre a provação que nos ajuda a crescer na prática do bem e a tentação que nos conduz ao pecado. Uma coisa é sermos tentados e outra coisa é consentirmos na tentação. Por isso mesmo precisamos estar vigilantes e perseverantes na oração.

A tentação é ambígua: o mal para se fazer aceitar, se reveste muitas vezes aparentando ser um bem. Nenhum de nós, em nossa sã consciência pegaremos uma garrafa em cuja etiqueta esteja escrito Veneno! Muitas vezes, quando nos encontramos atingidos por sofrimentos ou até mesmo por alguma doença, corremos o risco de abandonar a fé e cair no desespero. Quando estivermos no meio da tribulação e percebemos que vamos tropeçar e cair, que caiamos não no desespero e na incredulidade, mas nos braços de Deus.

No Pai Nosso concluímos pedindo: “Mas livra-nos do mal”. O mal indica a pessoa de Satanás, que se opõe à Deus e que é “o pai da mentira, o sedutor do mundo inteiro” (cf. Apocalipse 12,9). A vitória sobre o Diabo foi alcançada por Cristo no Deserto e na Cruz, pois Jesus Cristo fez em tudo a vontade do Pai.

A nossa participação na Santa Missa é algo louvável e excelente, mas precisamos também criarmos o hábito da oração quotidiana, a meditação semanal, o encontro prolongado no silêncio dialogando com Deus. A vida cristã é um combate permanente. 

É certo que na vida de oração poderemos encontrar muitas dificuldades, como por exemplo: a distração, a aridez, a preguiça espiritual e a negligência, mas é bem por isso, que para vencermos estes obstáculos, precisamos da humildade, da confiança e da perseverança. 

Fonte: A Vida de Oração, Paolo Curtaz, Editora Paulus, Ano da Fé.  

Pe Mário Reis Trombetta

É vigário da Paróquia Cristo Rei, em Orlândia. Já atuou nas Paróquias Santana, São Crispim e Santa Rita de Cássia, em Franca. Fez Filosofia na Capelinha, com os Agostinianos e, em 1992, seguiu para Florença, Itália, e posteriormente, Madri, na Espanha, para concluir seus estudos. Retornou a Franca em 96 e foi ordenado padre em 98. Completa este ano 23 anos de sacerdócio.

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