Depois da prisão de João Batista, “Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,14.15). O Reino de Deus é o tema central na pregação de Jesus. É dom do Espírito, a realização de todas as promessas, a comunicação plena e total do Deus vivo em Jesus Cristo. A sua presença exige a nossa conversão.
“Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens” (Mc 1,17). Jesus chamou os primeiros discípulos: Simão, André, Tiago e João. Deus é a fonte de toda vocação, Ele toma a iniciativa de chamar, atuando nas pessoas que respondem aos seus apelos. Ela é pessoal, cada um é chamado a dar sua resposta, de acordo com a vontade do Senhor, sendo fiel a sua palavra. Exige renúncia e desprendimento: os primeiros discípulos deixaram as redes, as barcas, a profissão “e partiram, seguindo Jesus” (Mc 1,20).
Jonas foi enviado por Deus à Nínive, a grande capital dos assírios, para denunciar os seus crimes. Com muito medo e, no lugar de obedecer ao Senhor, pegou um navio e tentou fugir para um lugar bem distante. Após enfrentar uma tempestade, ser jogado ao mar e engolido por um peixe, rezou ao Senhor, seu Deus, pedindo a salvação.
Novamente chamado (Jn 3,1-5.10), obediente à palavra e à ordem do Senhor, foi pregar a necessidade de arrependimento e conversão dos ninivitas, que acolheram os seus apelos, acreditando em Deus e demonstrando arrependimento, mediante obras de conversão. Deus se compadeceu do povo e não destruiu a cidade de Nínive.
Aos cristãos de Corinto (1 Cor 7,29-31), que acreditavam na volta iminente de Jesus, Paulo exortou à prontidão e a liberdade diante das coisas, como melhor resposta.
“Mostrai, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação” (Sl 24, 4ab-5ab).
Uma vocação autêntica supõe várias circunstâncias, compromissos e caminhos específicos e diferentes para acontecer. Somente Jesus, que é amor, tem autoridade de nos chamar e garantir a sua presença e proteção. Com ele, podemos responder ao chamado e avançar para águas mais profundas (Lc 5,4). Com a força do Espírito, superamos os apegos e afeições desordenados, vencemos os limites e fraquezas e prosseguimos firmes na missão.
Minhas orações.
Dom Paulo.