Religião

Israel, Povo Predileto de Deus

A videira, planta bem adaptada ao clima da Palestina, é símbolo de bem-estar, fertilidade e bênção na Bíblia; e a ele está ligado o vinho, que por sua vez é símbolo de alegria, de festa de casamento e de aliança. Não é então difícil entender por que é tão utilizado. No Antigo Testamento a vinha indica o povo de Israel, cuidada e amada como a plantação preferida de Deus. Quando bem cuidada, a sua vinha cresce abundantemente e torna-se o símbolo de Israel que caminha unido e fiel rumo à Terra Prometida, guiado pela luz da palavra de Deus.

Deus “limpou o terreno e tirou as pedras para plantar esta vinha valiosa; no meio ele construiu uma torre e também cavou um Lagar”. Jesus falará da vinha depois da última ceia no seu longo e apaixonado discurso com os apóstolos em forma de testamento:  «Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que dá fruto, ele o poda para que dê mais fruto ainda… Permanecei em mim e eu permanecerei em vós… Eu sou a videira, vós sois os ramos. Quem permanece em mim, e eu neledá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,1-8).

Portanto, contrariando todas as expectativas e apesar de tantos cuidados, a vinha produziu “uvas verdes”, decepcionando o Esposo Divino de Israel. Porém o Povo deverá passar por um processo de conversão, através de uma ação pedagógica e paciente de Deus para despertar o arrependimento e reacender o amor e a gratidão no coração deste povo. Aceitemos o convite a meditar seriamente porque se o dom recebido é grande, a resposta que ele espera e que cabe a cada um de nós é igualmente carregada de responsabilidade pessoal.

A salvação não é uma brincadeira e a misericórdia não é um jogo de palavras: é um mistério de amor que espera uma resposta de amor.  

Fonte: Cerco il Tuo Volto: Pe Giovanni D’Ercole. 

Pe Mário Reis Trombetta

É vigário da Paróquia Cristo Rei, em Orlândia. Já atuou nas Paróquias Santana, São Crispim e Santa Rita de Cássia, em Franca. Fez Filosofia na Capelinha, com os Agostinianos e, em 1992, seguiu para Florença, Itália, e posteriormente, Madri, na Espanha, para concluir seus estudos. Retornou a Franca em 96 e foi ordenado padre em 98. Completa este ano 23 anos de sacerdócio.

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