“Eterna é a sua misericórdia!” (Sl 117,2).
Jesus ressuscitado nos oferece a sua necessária e grata presença, e com ele:
o domingo, “Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana” (Jo 20,19), o dia litúrgico por excelência dos cristãos, quando vivemos todo o mistério de Cristo e da Igreja;
a cura do medo, “Estando fechadas, por medo dos judeus, as portas” (Jo 20,19), a sua presença não isenta de dificuldades e crises, mas ajuda a superá-las, gera ânimo e coragem;
a Igreja, “Lugar onde os discípulos se encontravam” (Jo 20,19), o Senhor se apresenta e se manifesta com a comunidade reunida;
a paz, “A paz esteja convosco ” (Jo 20,19.21.26), é a paz interior que nasce da certeza de sermos amados por Deus, e que ninguém pode tirar;
a alegria, “Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor” (Jo 20,20), o motivo principal da nossa alegria é que Deus existe e isso basta;
a missão e o testemunho, “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21), somos testemunhas de Jesus ressuscitado e do seu Evangelho;
o dom do Espírito, “Soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22), o Espírito é o sopro de Jesus ressuscitado sobre os discípulos e sobre a Igreja, é o sopro da graça, do amor, da fonte viva e da unção divina;
a cura da dúvida, “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei… Não sejas incrédulo, mas fiel… Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,25.27.28), a nossa fé é uma prioridade, precisa ser acolhida, aprofundada, compreendida, celebrada e vivida;
a bem-aventurança da fé, “Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” (Jo 20,29), quem crê em Cristo ressuscitado, o Filho de Deus, vence o mundo com o mandamento do amor (1 Jo 5,1-6).
No 2° Domingo da Páscoa celebramos a festa da Divina Misericórdia, instituída por São João Paulo II. “A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles serão retidos” (Jo 20,23). Jesus de Nazaré não veio “chamar justos, mas pecadores” (Mt 9,13). Ele é o Cordeiro imolado e ressuscitado que tira o pecado do mundo. Somos justificados por seu sangue e dele recebemos a reconciliação (Rm 5,8-11; Ef 1,7; 1 Pd 1,18-19). O Senhor perdoa e confiou aos discípulos e à Igreja essa preciosa incumbência: a obra da reconciliação. Como é bom confiar no perdão e na misericórdia de Deus! Só reencontramos a pátria perdida com a graça do perdão e da entrega confiante nas mãos do Pai. Que o tempo da Páscoa nos ajude nessa experiência.
Minhas orações a todos.