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Humanismo e Cristianismo

Segundo o Humanismo, as pessoas encontram a realização no seu próprio pensamento, sem contar com o auxílio da Fé e, em consequência, não contam nem sequer com o auxílio de Deus. A pessoa centra tudo nela mesma, no seu íntimo, pensamentos e desejos. Contudo, quando passamos a não depender de Deus, caímos em abismos tenebrosos. O humanismo não é um êxito, ainda que pareça, mas estamos diante de uma derrocada, porque não podemos viver por nós mesmos. Desiludido do humanismo, o homem moderno, irá procurar respostas para sua vida na ciência e nas filosofias naturais. No entanto, no fundo do seu coração, ele bem sabe que Deus o contempla, à espera de conquistar-lhe o coração, contudo ele resiste, sempre mais, em abrir-lhe as portas do seu coração.

Poderíamos dizer que “A maior doença do Ocidente hoje não é a lepra nem a tuberculose; mas sim ser indesejado, não ser amado e ser abandonado. Nós podemos curar as doenças físicas com a medicina, mas a única cura para a solidão, para o desespero e para a desesperança é o amor” (Santa Madre Teresa de Calcutá). Se cada um neste mundo buscar somente os seus próprios interesses, a humanidade certamente vai caminhar sempre mais rumo a uma derrocada.

Para muitas religiões não Cristãs, é inconcebível um Deus todo-poderoso e onipotente que está sentado em seu trono no Céu, tornar-se presente e visível no mundo no pobre necessitado e esfarrapado, mas Deus Pai de misericórdia, em Jesus Cristo, seu Filho, assumiu a nossa humanidade e veio se encontrar com o Leproso, com o Paralítico, com o Cego, veio ao encontro, enfim, dos pecadores. E como se não bastasse o fato de sair de junto do Pai e vir ao encontro da humanidade ferida, quis também se fazer presente nos pequeninos mais sofridos: “Tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber… O que fizestes a um destes pequeninos, foi a mim que o fizestes…” (cf. Mt 25,35).   

Jesus Cristo, no entanto, continua convidando cada coração atribulado: “Vinde a mim… e eu vos darei repouso…”. Ele quer reinar nos corações.  “O Reino de Cristo é dom oferecido a toda humanidade, e todo aquele que o acolhe encontra a vida em plenitude. “Jesus Cristo é o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da História e da Civilização, o centro do gênero humano, a alegria de todos os corações e a plenitude de suas aspirações” (Papa Paulo VI). O desígnio de amor de Deus Pai é: “Recapitular todas as coisas em Cristo, tanto as do Céu como as da Terra” (Ef 1,10). Esta é a missão da Igreja ontem, hoje e sempre: anunciar e dar testemunho de Cristo, para que a humanidade encontre a vida em plenitude.

“Um sacrifício, para ser real, tem que custar, tem que doer, tem que nos esvaziar. O fruto do silêncio é a oração, o fruto da oração é a fé, o fruto da fé é o amor, o fruto do amor é o serviço, o fruto do serviço é a paz” (Santa Madre Teresa de Calcutá).

Pe Mário Reis Trombetta

É vigário da Paróquia Cristo Rei, em Orlândia. Já atuou nas Paróquias Santana, São Crispim e Santa Rita de Cássia, em Franca. Fez Filosofia na Capelinha, com os Agostinianos e, em 1992, seguiu para Florença, Itália, e posteriormente, Madri, na Espanha, para concluir seus estudos. Retornou a Franca em 96 e foi ordenado padre em 98. Completa este ano 23 anos de sacerdócio.

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