Polícia

Operação Castelo de Areia II: Justiça converte prisão de 17 investigados por agiotagem em Franca

Grupo criminoso movimentou milhões e utilizava violência para cobrar dívidas

O Ministério Público de Franca, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ofereceu denúncia contra os investigados na Operação Castelo de Areia II, acusados de organização criminosa, usura, lavagem de dinheiro e corrupção.

A operação, deflagrada no dia 3 de junho, resultou na prisão de 17 suspeitos, além da aplicação de medidas cautelares contra três mulheres que também estavam sob investigação. Segundo o MP, a análise dos fatos revelou que, embora se trate de uma única organização criminosa, os envolvidos atuavam em dois núcleos distintos, o que levou à apresentação de duas denúncias separadas.

As investigações apontam que o grupo movimentou cerca de R$ 31 milhões nos últimos quatro anos, utilizando ameaças e violência para cobrar dívidas de vítimas que contraíram empréstimos a juros abusivos. Além disso, parte dos lucros era reinvestida no próprio esquema criminoso, enquanto outra parcela era utilizada para lavagem de dinheiro, por meio da compra de imóveis, veículos de luxo e empresas de fachada.

A Justiça determinou a conversão da prisão temporária em preventiva para os 17 detidos, garantindo que permaneçam sob custódia enquanto o processo avança. Um dos investigados segue foragido.

A primeira fase da operação já havia resultado na condenação de sete membros da quadrilha, incluindo um ex-policial civil, a penas de até 20 anos de prisão. Mesmo após essas prisões, o esquema continuou ativo, com novos integrantes assumindo as cobranças violentas.

A ação do Gaeco e da Polícia Militar reforça o combate à agiotagem e ao crime organizado na região, desmantelando uma rede que operava há anos e causava prejuízos milionários às vítimas.

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