Professora é atacada por mãe de aluno em escola no Santa Maria, em Franca: socos e tijolada

Um caso de violência causou revolta e indignação entre professores e comunidade de uma forma geral. Foi registrado, na manhã desta quinta-feira, 11, na Central de Polícia Judiciária, um Boletim de Ocorrência por agressão contra uma professora da Escola Municipal Domênico Plugliesi, no bairro Santa Maria, Zona Oeste de Franca. A acusada da violência é a mãe de um aluno da escola.

Segundo informações colhidas pela reportagem, na quarta-feira, 10, um dos alunos do 3º ano da professora agredida teria machucado um colega com um carrinho. No final da aula, quando a mãe foi buscar o seu filho, foi chamada por um dos responsáveis da escola e informada de teria que assinar uma advertência pela agressão causada pelo filho.

A mãe, de 41 anos, muito alterada, foi até o estacionamento da escola e passou a agredir verbalmente a professora. A mulher ainda teria tirado a professora à força de dentro do carro e desferido socos contra a profissional. A vítima sofreu lesões nos braços e no peito.

Toda a cena foi presenciada pelo filho da agressora e também por outros professores, que tentaram intervir, até que a vítima conseguiu entrar no carro para se livrar das agressões. Quando ela saía do local, a acusada de agressão arremessou um tijolo contra o seu veículo.

A Polícia Militar foi acionada, mas quando chegou na escola a mulher já havia ido embora. A vítima, de 49 anos, procurou a delegacia e registrou um boletim de ocorrência de lesão corporal, injúria e desacato. A professora passou por exames de corpo de delito e os exames serão anexados no inquérito. O caso será investigado.

A reportagem fez contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura, que enviou uma nota da Secretaria Municipal de Educação:

“A Secretaria de Educação informa que está adotando as medidas administrativas necessárias e oferecendo suporte e o acompanhamento necessários.

A Secretaria Municipal de Educação repudia, veementemente, qualquer ato de violência verbal, física ou psicológica”.

Repercussão

Em vários grupos de WhatsApp, a indignação por conta desse lamentável episódio foi a tônica do dia. Uma postagem que tem sido muito encaminhada resume o sentimento da maioria e, também, o da equipe Notícias de Franca:

“LUTO!
Esse foi o sentimento que imperou hoje ao chegarmos na nossa querida Escola. 💔
Desde o fim da tarde de ontem, em que uma queridíssima colega foi agredida física e emocionalmente por uma mãe de aluno, a indignação e a tristeza tomou conta de todos! Logo conosco, professores, que a todo tempo insistimos incansavelmente, ensinando nossas crianças – vossos filhos! -, que o diálogo é sempre o melhor e mais inteligente caminho para resolvermos problemas.
E foi bem assim… Uma professora agredida por excesso de zelo! 😔
Pedrada, tapas, xingamentos, ofensas. Sem tempo para defesa. Paralisada por um repente de uma mãe descontrolada, detenta de uma força por seu físico cultuado e exercitado em uma academia !😡
Hoje, nossa amiga professora não teve condições emocionais de voltar ao seu campo de trabalho… Triste!
😔Enfim… Inversão de momentos… Professores sempre tão dedicados, preocupados não só com o “ensinar informativo” mas também com os aspectos formador, que cuida da carência afetiva, da fome, das inseguranças, dos sonhos e realidades de nossos alunos – vossos filhos!-, nesse momento, precisam receber cuidados. Precisamos de respeito! Dignidade! Respeito! Condições de trabalho! Respeito! Acima de tudo, RESPEITO! Respeito moral! Respeito pelo ser que somos! Respeito pelo trabalho árduo que desempenhamos! Respeito pelo carinho que temos com nossos alunos – vossos filhos! Me perdoem pela repetição mas, nesse caso, se faz necessário!‼️
💙 Àquelas famílias parceiras, gratidão! A essas pedimos encarecidamente que nos ajudem a ensinar à essa minoria que insiste em NÃO APRENDER, que RESPEITO é princípio, é base, é fundamental!
Voltando ao início da conversa… Hoje estamos “enlutados” mas como sempre, em busca de paz! Junte-se a nós! 🤍Escola não é terra de ninguém!
Jú, sua dor é nossa também!”