Cerca de um mês depois do acidente que terminou com a morte de um operário e mais de 20 feridos na construção do Sesc Franca, as atividades estão sendo retomadas aos poucos no local. Parte dos funcionários foi autorizada a retomar o serviço. A liberação é parcial e foi feita para que esses operários possam limpar os escombros e ajudar no trabalho que é realizado pela Perícia na busca do que pode ter provocado o desabamento de parte da laje. A retomada das obras, porém, ainda não foi autorizada, mas a expectativa é que isso aconteça em breve. A construção está embargada desde o mês de março e a decisão foi tomada para garantir o trabalho da Perícia.
Durante essa semana a equipe de reportagem da Folha de Franca esteve no local e confirmou alguns operários com uniforme da JZ Engenharia, construtora responsável pela obra, trabalhando. O Sesc informou que a obra segue embargada e até o momento, nenhum laudo foi emitido sobre o que pode ter ocorrido. “Os poucos (e limitado efetivo de) funcionários presentes no local são para atender as necessidades de trabalho da perícia, como realizar a limpeza do local em que ocorreu o acidente, e para a segurança do canteiro de obras. O Sesc tem garantido todas as condições para que esta apuração seja realizada com qualidade”, explicou, através de nota.
Em nota, a Prefeitura confirmou que a obra de construção do Sesc continua embargada e preventivamente, fiscaliza o canteiro de obras. Através da assessoria de comunicação, a administração municipal comunicou ainda que o “Sesc e a construtora apresentaram cópias de documentos na Secretaria de Infraestrutura, contendo a autorização do Instituto de Criminalística para executarem no local, atividades preventivas com a finalidade de retirar os escombros”.
A tragédia
O desabamento de parte da laje da construção da unidade de Franca do Sesc acabou com uma morte e mais de 20 pessoas feridas no último dia 19 de março. Na ocasião, por volta das 11 horas, o acidente deixou diversas pessoas que trabalhavam na obra soterradas.
Para o resgate foi necessária uma grande mobilização, que contou com a participação do Corpo de Bombeiros de Franca e ao menos outras duas cidades, além do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e ambulâncias de hospitais públicos e privados da cidade. Um operário morreu na hora e outros seis foram socorridos até a Santa Casa de Franca. Todos eles foram liberados ao longo dos dias e semanas seguintes.
A obra foi embargada dias depois do acidente para garantir o trabalho da Perícia. A Polícia Civil ainda investiga as causas do acidente.
