A Empresa São José, responsável pelo transporte coletivo urbano de Franca, entrou neste domingo, 20, com uma ação judicial para tentar garantir frota mínima para atendimento à população até que consiga efetuar o pagamento dos salários atrasados dos motoristas da empresa. Sem receber, os trabalhadores cruzaram os braços nesse sábado, 19, e, de acordo com o Sindicato que representa a classe, o serviço só será retomado quando os valores forem quitados pela empresa.
Em nota, a São José informou que pede à Justiça a garantia de uma frota mínima para conseguir prestar o serviço essencial à população. “A São José entende que, caso a paralisação realizada pelo Sindicato dos Rodoviários for mantida por tempo indeterminado, além do prejuízo à comunidade francana, ela continuará sem receita e, dessa forma, será ainda mais difícil efetuar o pagamento dos funcionários, fornecedores e as demais despesas fixas e variáveis já contratadas”, informa a nota.
Ontem, após os motoristas não deixarem a garagem da empresa, a São José culpou o lockdown e o colapso financeiro provocado pela pandemia, além da falta de ações por parte da Prefeitura como motivos para o atraso no pagamento dos funcionários. “A concessionária, que teve a sua saúde financeira ainda mais abalada desde o início da pandemia, ficou sem receita alguma durante o período de lockdown. Durante duas semanas, por força de decreto municipal, como nenhum passageiro foi transportado, a concessionária não conseguiu efetuar o pagamento dos seus compromissos com os seus funcionários e fornecedores”, afirma a nota. Na nota, a empresa afirma que não teve a intenção de causar desconforto para os funcionários ou à população. A empresa disse ainda que a situação que enfrenta é de conhecimento tanto da Prefeitura quanto da Emdef (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Franca).
A reportagem da Folha de Franca procurou o presidente do Sindicato dos Motoristas de Franca, Geraldo Xavier Almeida, mas ele não atendeu as ligações feitas para o seu celular.
