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Butantan nega que ampolas de vacina enviadas a Franca contém menos doses

Na última segunda-feira, 3 de maio, a Secretaria de Saúde de Franca divulgou que sete lotes de vacinas da Coronavac, recebidos através do Governo do Estado de São Paulo entre o período de 22 de março a 27 de abril, teriam apresentado uma redução no volume do imunizante nas ampolas da vacina. Na ocasião, a administração municipal confirmou que os profissionais de todos os postos de vacinação, sem exceção, teriam relatado que as ampolas recebidas estariam rendendo menos que as dez doses que são esperadas em cada frasco.

Segundo informações da Prefeitura, um lote com 2.520 doses recebidas teria apresentado um rendimento de 2.229 doses, ou seja, 291 doses a menos. Ainda de acordo com a administração municipal, as queixas não seriam exclusivas de Franca e teria acontecido em outros estados brasileiros, o que estaria comprometendo “de forma significativa a imunização dos públicos alvos em sua totalidade, o que pode prejudicar o cronograma de vacinação da primeira e segunda doses, conforme previsto pelo Governo do Estado”.

Ontem, o Instituto Buntantan contestou a versão da Prefeitura e afirmou que todas as ampolas encaminhadas pela instituição contêm 5,7 ml, o suficiente para as dez doses de 0,5 ml cada, restando ainda o conteúdo extra que é envasado. “É importante que os profissionais de saúde estejam capacitados para aspiração correta de cada frasco-ampola, além de usar seringas e agulhas adequadas, para não haver desperdício”.

Procurado, o Instituto Butantan afirmou à Folha de Franca que todas as notificações recebidas pelo instituto até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas, e identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação. Portanto, não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes pelo Butantan.

“Reforçamos que todas as investigações pertinentes foram feitas e todos os controles realizados nos lotes liberados foram avaliados. A conclusão encontrada, e já dividida com a Vigilância Sanitária, é que não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes por parte do Instituto Butantan. Na verdade, trata-se de uma prática incorreta no momento do uso das doses”, informou o Instituto.

Para finalizar, o Butantan afirmou que os profissionais devem seguir as orientações e práticas adequadas. Segundo o Instituto, seringas com volumes superiores, com 3ml ou 5ml, podem dificultar que o profissional enxergue o volume aspirado. A posição correta do frasco e da seringa no momento da aspiração também é importante para evitar desperdícios.

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