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Antissocial e mentiroso

Antissocial e mentiroso

O show das siglas tem sido terrível.

Algumas são inevitáveis, já para facilitar a difícil tarefa de identificação e memorização do que se trata.

Não é invenção de moda nem de neologismos. São recursos de linguagem e, portanto, de comunicação ao alcance da maioria, pelo menos.

O exercício da psiquiatria, nas salas acadêmicas, mas e principalmente, na clínica diária do consultório, torna-me responsável e intimado a, diretamente, abordar com os caros leitores do NOTÍCIAS DE FRANCA – a sua Folha -, sobre o Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS), que é um distúrbio mental caracterizado por um padrão persistente de desrespeito e violação dos direitos dos outros.

Se é distúrbio, como de fato é, significa que é a alteração nas condições físicas ou mentais do indivíduo, afetando e perturbando o funcionamento de algo em sua rotina e que, em geral, costuma ter origem de trabalhosa identificação.

Dito isso, tem-se que as pessoas com TPAS frequentemente demonstram comportamentos impulsivos, irresponsáveis e manipuladores.

Os principais sinais:

•       Falta de empatia e remorso.

•       Comportamento agressivo ou violento.

•       Dificuldades em manter relacionamentos estáveis.

•       Mentiras frequentes e manipulação.

•       Comportamentos de risco.

Causas:

O TPAS é influenciado por fatores genéticos, ambientais e sociais. As crianças não estão livres das garras dessas alterações.

Senhores pais, tutores, cuidadores, educadores, dentre outros que se habilitam nessas atividades e serviços, traumas na infância, negligência e relações familiares disfuncionais são frequentemente citados. O que é e pode ser evitado, minimizado ou tratado.

Diagnóstico:

O TPAS é diagnosticado a partir da adolescência ou início da idade adulta e pode ser desafiador de tratar. A terapia e intervenções comportamentais são as abordagens principais, mas o prognóstico varia entre os indivíduos.

Tratamento:

O tratamento pode incluir psicoterapia, focada em comportamentos e habilidades sociais.

Medicamentos podem ser usados para tratar sintomas comórbidos, como depressão ou ansiedade e controle da impulsividade, embora não haja medicação específica para o TPAS.

Elza Fiuza/Arquivo Agência Brasil

Prognóstico:

O prognóstico varia. Alguns indivíduos podem melhorar com o tempo, enquanto outros mantêm comportamentos problemáticos ao longo da vida.

O entendimento do TPAS é complexo, e o tratamento requer uma abordagem individualizada e cuidadosa com especialista.

É da sabedoria comum que o médico cuida do corpo e desperta a esperança da alma.

Cuide-se e das pessoas que você ama!

Théo Maia Pedigone Cordeiro

Médico especialista em Medicina de Família e Psiquiatra

Théo Maia Pedigone Cordeiro

Médico de Família e Comunidade pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

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