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Distanciamento e uso de máscara devem continuar após a 2ª dose

No estado de São Paulo, 6 milhões de pessoas tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19, número que representa apenas 13,08% da população paulista, segundo os dados do vacinômetro da Secretaria Estadual de Saúde, gestão João Doria (PSDB). Na capital paulista, foram 1,65 milhão de pessoas imunizadas com a segunda dose.

No entanto, ter tomado duas doses da vacina não dispensa os cuidados e das precauções com a pandemia. O distanciamento social de dois metros e o uso de máscara bem ajustada ao rosto são rotinas que devem ser mantidas. O ideal é não haver encontros, mas, se for encontrar, algumas regras devem ser seguidas.

“A Covid é uma doença de transmissão respiratória e nenhuma vacina é 100% eficiente. Por isso, é fundamental manter os ambientes ventilados, usar a máscara e manter o distanciamento social. Mas a boa notícia é que quem tomou as duas doses pode, por exemplo, fazer exercícios ao ar livre”, disse a infectologista Andrea Almeida, coordenadora do Comitê de Crise Covid do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.

De acordo com a médica, somente depois de duas semanas após a segunda dose a pessoa pode ter mais interação com outra que também tenha tomado as duas doses do imunizante.

A médica também lembrou que os estudos feitos até agora não responderam se as pessoas já vacinadas transmitem o vírus de forma menos intensa do que quem ainda não se vacinou.

O infectologista Leonardo Weissmann, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, destaca que é importante tomar as duas doses. “Ainda assim, o organismo não cria anticorpos logo após tomar a vacina.”

O professor Jan Carlo Delorenzi, imunologista da Universidade Presbiteriana Mackenzie, também reforça a continuidade do uso de máscara e o distanciamento social. “Não há estudos de longo prazo, 12, 18, ou 36 meses, por exemplo, no qual determine o comportamento dessas vacinas aplicadas até o momento e como não se tem, é melhor manter as mesmas regras”, afirmou.

O médico infectologista Jamal Suleiman, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, vai na mesma linha e reforça a necessidade de manter os cuidados. Para ele, enquanto o país não tiver imunizado ao menos 70% da população, as pessoas têm de manter as medidas de proteção, porque a função da vacina é de evitar a forma grave da doença, mas ela não evita a contaminação.

Para ele, enquanto o país não tiver imunizado ao menos 70% da população, as pessoas têm de manter as medidas de proteção, porque a função da vacina é de evitar a forma grave da doença, mas ela não evita a contaminação. “Outra função é de restringir a circulação do vírus e diminuir a possibilidade de contágio.”

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