Há 8 meses morando nas ruas de Franca, garota sonha com emprego e uma chance de mudar de vida
Quem vê Tessâine Barboza, 22 anos, com esse sorriso no rosto, como mostra a foto, muito provavelmente não imagina que essa jovem garota está há 8 meses morando na rua. Também não faz a menor ideia das histórias tristes que ela acumula em sua trajetória.
O pai de Tessâine foi assassinado quando ela tinha apenas 7 anos de idade. Apenas dois anos depois, Tessâine perdeu a mãe, levada por um derrame cerebral. Aos 9 anos, órfã de pai e mãe, foi morar com a avó junto com a irmã mais nova. Foi esse um período de um pouco mais de tranquilidade na vida de Tessâine, que durou alguns anos.
Quando a avó de Tessâine morreu, ficou desamparada e, junto com a irmã, foi morar com um primo mais velho. Tudo que já parecia tão difícil, começou a se complicar ainda mais. O primo era ex-presidiário e vivia com a esposa. Foi nessa casa que Tessâine conta que viveu os piores momentos de sua vida; ela foi abusada. “Para conseguir escapar disso, tive que fugir. Queria trazer minha irmã junto, mas ela ficou com medo e eu a deixei. Foi assim que começou minha jornada nas ruas”, conta a garota.
Tessâine conta que perambula pelas ruas e onde encontra as mínimas condições, passa a noite. Já se abrigou na creche abandonada da Vila Raikos, dormiu em praças e embaixo de pontilhões. Agora ela fica numa praça no Centro da cidade.
Mesmo vivendo uma situação tão complicada, Tessâine não perde as esperanças. Ela conta que o que mais quer, é uma oportunidade de começar uma vida nova. “Eu sei fazer salgados, fiz um curso e tenho até diploma de salgadeira”, diz, demonstrando orgulho pela conquista. O sorriso aberto se apaga um pouco quando conclui o raciocínio: “mas quando mando currículos, nunca sou chamada. Tenho certeza de que é porque aparece como meu endereço o Centro Pop”, diz ela, se referindo ao abrigo público que acolhe moradores de rua.
“Enquanto isso, vou fazendo bico de qualquer serviço que apareça. Já fui servente de pedreiro, auxiliar de pintura, limpo calçada, lavo carro… enfim, faço de tudo pra tentar reverter minha situação e viver com dignidade. Não uso drogas tenho trauma com álcool, já que meu pai foi assassinado por conta de um corote de pinga”, disse ela.
Tessâine diz que sabe que diferente dela, muitas pessoas na rua se encontram sem perspectivas e já se afundaram em pesados vícios. “Olha aqui o cartãozinho de vale-alimentação que a Prefeitura dava. Era com ele que eu conseguia me alimentar um pouco melhore. Mas, infelizmente o plano foi cortado por causa de uma pequena parcela da população de rua. Foram encontrados nas bocas de fumo 50 desses cartões, ou seja, tinha gente trocando por droga. Então a prefeitura cortou isso que ajudava tanto”, disse ela.
Nesse sábado, Tessâine estava na rodoviária de Franca. Ela estava pedindo doações para conseguir juntar dinheiro suficiente para comprar uma passagem e ir para Ribeirão Preto. “De lá quero ir para Guaíra, onde mora uma tia. Estou cansada de ficar nas ruas. Quem sabe minha tia me ajuda”, disse, esperançosa.
No último sábado, 5, a Folha de Franca publicou uma matéria falando sobre as pessoas que vivem em situação de rua em Franca.
Taí uma ótima oportunidade para os projetos de serviços sociais públicos ou privados cumprirem seus papéis! Basta uma oportunidade de trabalho e um abrigo. Estou na torcida, pelo sucesso do trabalho social como um todo e mais ainda pelo futuro da menina!
Concordo com você no caso da Taisseame a Prefeitura precisa pegar um carro da Prefeitura e levar na casa da tia em Guaira para saber se ela pode morar com ela porque não adianta mandar ou pagar passagem e se não der certo o que ela vai fazer?
Ou arrumar para ela um emprego que Prefeitura tem 1 emprego e pode ajudar ela dar 1 passos
Queria eu ter a oportunidade de ter encontrado com essa moça na rua, teria ajudado ela da forma que eu pudesse sem dúvidas, alguém sabe o paradeiro dela? Cê ela conseguiu ir pra Ribeirão mesmo?
Onde ela fica cm mais frequência? Quero ajuda