No último domingo, dia 10, Portugal, que, divergindo do modelo brasileiro, é regido pelo Parlamentarismo, realizou eleições legislativas.
A centro-direita liderou a votação, encabeçada pela legenda Aliança Democrática – AD –, tendo a responsabilidade, agora, de montar um novo governo.
Em segundo lugar, despontou o Partido Socialista, considerado de centro-esquerda, e que comandava a política portuguesa há cerca de nove anos até que, após suspeitas de corrupção envolvendo alguns integrantes do governo, Antônio Costa, Primeiro-Ministro português, decidiu pela dissolução do Parlamento e realização de novas eleições.
Como terceira força bastante expressiva, apresentando um crescimento exponencial, consolidou-se o movimento associado à extrema-direita denominado Chega, grupo comandado por André Ventura, liderança, tal qual o partido, mais radicalizada.
Luís Montenegro, principal liderança da AD, por sua vez, mesmo diante de sinalizações amistosas por parte do Chega no que tange a possibilidade de um embarque desse na composição do governo juntamente com a AD, descartou essa possibilidade, atitude que se apresenta em consonância com as diversas críticas trazidas contra o Chega, mesmo no campo da direita.
No momento, há de se aguardar para que saibamos como será organizada a nova composição desse Parlamento, de modo que, além de outras demandas, avanços deverão ser efetivados e os anseios populares, imagina-se, minimamente abarcados para a consolidação desse novo grupo político na chefia do governo português.