Alexei Navalny, principal liderança da oposição russa ao governo de Vladimir Putin, morreu na última sexta-feira, dia 16 de Fevereiro.
Navalny estava preso desde 2021, de modo que sua morte nessas condições levantou suspeitas de parte expressiva da comunidade internacional – não seria a primeira vez que uma divergência do Executivo russo apresenta esse mesmo destino.
O autoritarismo, em certa medida, sempre esteve presente na tradição política russa, desde os assassinatos de Ivan IV, o Terrível, ao bombardeio do parlamento realizado por Boris Ieltsin, chegando, hodiernamente, na ascensão de Vladimir Putin.
Atualmente, esse enfraquecimento democrático, entretanto, não se trata de uma exclusividade russa – vide a reeleição considerada bastante problemática de Nayib Bukele em El Salvador, a destituição do Governo civil eleito em Myanmar, Golpes de Estado em alguns países localizadas na região do Sahel africano, dentre outros casos –, mas uma recorrência presente em diversas partes do mundo, o que deve nos deixar atentos para a proteção dos valores democráticos que regem uma nação livre.
No mundo, o compromisso com a democracia tem sido cada vez menos respeitado pelos governos e, analogamente, pela população.
Sem democracia não há liberdade, sem democracia não há justiça, sem democracia não há paz.
Esperamos e, mais do que isso, ajamos, dentro das nossas possibilidades, para que esse avanço do autoritarismo, como dito, não somente na Rússia, mas em grande parte do mundo seja brevemente superado.