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Contagem regressiva para Ahsoka

Saga de Star Wars ganha novo e aguardado capítulo na nova série do Disney+

Daqui a pouco menos de um mês, em 23 de agosto, estreia no Disney+ uma das séries mais aguardadas nos últimos tempos pelos fãs de Star Wars: Ahsoka. Para quem não acompanha a saga espacial criada por George Lucas há quase cinco décadas, tal expectativa pode soar estranha; já os aficionados têm muitos motivos para comemorar.

Em primeiro lugar, é a primeira série estrelada por uma das mais icônicas personagens de Star Wars. Ahsoka foi criada por Lucas para a animação em longa-metragem A Guerra dos Clones, de 2008, que fracassou nas bilheterias (“apenas” US$ 68 milhões). Na época, muita gente torceu o nariz para a impetuosa aprendiz adolescente de Anakin Skywalker.

Em entrevista recente, Ashley Eckstein, a atriz que dublou Ahsoka, declarou que ficou triste com a rejeição inicial dos fãs, mas conta que pediu que eles tivessem paciência. Isto porque uma série de TV animada já estava em andamento, e ela garantiu que o desenvolvimento da personagem conquistaria a audiência.

Ashley não poderia estar mais certa. Ao longo dos oito anos e sete temporadas da série animada A Guerra dos Clones (2012-2020), Ahsoka se provou uma Jedi corajosa e honrada, e deu a Anakin uma dimensão maior do que a apresentada nos filmes, tornando ainda mais trágica sua queda para o lado sombrio da Força e a transformação em Darth Vader.

Ahsoka voltaria a aparecer em outra série animada, Star Wars: Rebels (2014-2018), mais madura, confiante e uma das líderes da nascente Aliança Rebelde, o grupo que começava a se organizar para combater a tirania dos Império Galáctico. E Rebels é essencial para os acontecimentos de Ahsoka, conforme se verá a seguir.

Em carne e osso

A primeira aparição de Ahsoka em live action se deu na segunda temporada de O Mandaloriano, em 2020, interpretada por Rosario Dawson; dois anos depois, ela voltou em O Livro de Boba Fett. Vale lembrar que Dawnson é velha conhecida e querida dos fãs de cultura pop pelas personagens de quadrinhos a que deu vida, como a prostituta Gail nos dois filmes Sin City (2005 e 2014), a enfermeira Claire nas séries da Netflix Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro e Defensores (entre 2015 e 2018), e a médica Alma Ortega da série da HBO Max DMZ (2022), para citar apenas algumas.

Tanto Mandaloriano quanto O Livro de Boba Fett são ambientadas entre cinco e seis anos após a queda do Império e a restauração da República, vistas no longa O Retorno de Jedi (1983) – e é neste período também que se posiciona Ahsoka. Em uma época de suposta paz, qual seria o papel de uma ex-rebelde?

É aí que se encontra um dos maiores atrativos da nova série, que se coloca quase como uma quinta temporada da animada Rebels. Ao final da série animada, estrelada por um grupo de rebeldes, o Jedi Ezra Bridger faz um sacrifício para derrotar o grão-almirante do Império, o implacável Thrawn, e ambos são levados pelo hiperespaço para um destino desconhecido.

A busca por Ezra Bridger

Em Ahsoka, surgem rumores de que Thrawn estaria de volta, o que poderia ameaçar a consolidação da renascida República. A protagonista, então, une-se a outras duas integrantes de Rebels, que ganham versão em live action, para caçar o imperial e reencontrar Ezra. São elas: a general rebelde Hera Syndulla (interpretada por Mary Elizabeth Winstead) e a mandaloriana Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo).

No elenco, estão também Thrawn (Lars Mikkelsen, que dublou o vilão em Rebels), Ezra (Eman Esfandi) e outro aliado dos rebeldes, Capitão Rex, vivido por Temuera Morrison – o caçador de recompensas Jango Fett e matriz do exército de clones desde o filme O Ataque dos Clones (2002). A lista de atores confirma a presença de Hayden Christensen repetindo seu papel de Anakin Skywalker, mas uma vez que ele já está morto neste período, sua presença deve se limitar a flashbacks.

No meio de sua busca, Ahsoka enfrenta outros perigos, como o Jedi renegado Baylan Skoll (Ray Stevenson, falecido em maio deste ano) e sua aprendiz Shin Hati (Ivana Sakhno). Além de acrescentar mais ação à trama, a presença de ambos ajuda a ilustrar como alguns Jedi que sobreviveram à perseguição do Império abraçaram o lado sombrio da Força, seja por convicção ou instinto de sobrevivência.

Como se vê, é extensa a lista de qualidades que fazem de Ahsoka uma série tão aguardada por quem é apaixonado por Star Wars. Enquanto houver mentes criativas e verdadeiros fãs por trás das novas produções, como é o caso dos showrunners desta série, Dave Filoni e Jon Favreau, a saga da galáxia muito, muito distante continuará se expandindo e fazendo a alegria de milhões de pessoas.

Jota Silvestre

É apaixonado por cultura pop, é jornalista especializado em cinema, séries, animação e histórias em quadrinhos, com mais de 15 anos de experiência em publicações especializadas.

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