Opiniões

Tombado e esquecido

Se você “der um google” para saber quais são os monumentos históricos do nosso município de Franca, situado na parte nordeste do estado de São Paulo, no que se tem de mais moderno tecnologicamente, a IA – inteligência artificial -, terá a lista em fração de segundos.

A bula sai pronta. Só que não é receita médica.

Curadores, curandeiros, mentores e mentorados, conselheiros e aconselhados, eleitos e eleitores, francanos e fracassados, e toda a companhia ilimitada dos que amam nossa terra do capim mimoso, poderão ficar maravilhados com a portentosa galeria disposta entre o Centro Velho e a sua divisa com a Cidade Nova:

– Relógio do Sol, na Praça Nossa Senhora da Conceição;

– Fonte Luminosa Quatro Estações, na Praça Nossa Senhora da Conceição;

– Concha Acústica, na Praça Nossa Senhora da Conceição

– Soldado Constitucionalista, na Praça 9 de Julho, formada pelo retângulo do encontro da Ouvidor Freire com as ruas Marechal Deodoro e Voluntários da Franca.

– Cristo Redentor, na avenida Presidente Vargas.

Temos outras obras que foram construídas com a finalidade de perpetuar a memória de pessoas ou vultos e acontecimento que são a nossa história ou parte dela.

Dos marcos físicos que estão sendo degradados progressivamente por essas bandas, onde o sotaque paulista é dos mineiros, a comemorar a velha e boa política do café com leite – e do queijo, uai! -, nesta tarde de quarta-feira, 19, filmamos o dos nossos bravos integrantes do Batalhão de Caçadores Francanos, que teve o alistamento e recrutamento voluntários de 727 combatentes.

Batemos continência pela contingência.

Dentre os que estavam nas fileiras paulistas da revolta de 1932, exigindo, nas ruas, a retomada do comando político que o estado perdera dois anos antes, noutra revolução, estarão para todo o sempre essas figuras públicas ilustres (eternizados por seus sucessores familiares e por suas ideologias) Mario Masini, José Rufino, Adriano Cintra, Hermes de Moura Borges, Octacilio Dias Fernandes, José Ferreira, Jaime Aguiar Barbosa, Arnaldo Vilhena e José Batista de Araújo, dentre outros, certa e merecidamente.

Pouco devemos ter aprendido com esses voluntários da Franca e da Pátria em termos de civilidade e de civismo, de cidade e de cidadania.

A ironia, para não dizer algo indelicado, está nas imagens dos responsáveis pelo zelo com a coisa do povo naquela praça, a felizarda Seleta, na hora dos flashes, que apostou e venceu leilão com o lance de R$ 97,2 (noventa e sete milhões e duzentos mil reais).

Peraí! Arriscou no cavalo certo: em trinta anos, receberá de volta a bagatela de 3 bilhões de reais ou um poucão mais!

Não me venham com aditamentos contratuais, revisões contratuais para reajustes e aumentos reais desses montantes. Não acreditamos nessas maldades administrativo-comerciais.

E o vídeo? Desculpem. Sirva para a restauração da Nove de Julho como um todo, a começar pelas enferrujadas paradas de ônibus, reduzida a um rossio de ambientação, cores e odores inconsentâneos com a nossa Franca duzentona.

Dr. Theo Maia

Advogado Previdenciarista (OAB-SP 16.220); sócio-administrador da Théo Maia Advogados Associados; jornalista; influenciador social; diretor do Portal Notícias de Franca; bacharel em Teologia da Bíblia; servo do Senhor.

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